Por nara.boechat

Rio - Modelo desde os 16 anos,Robertha Portella não esquenta a cabeça com o figurino de sua personagem em ‘Dona Xepa’. Para interpretar Dafne, uma periguete que busca a fama a qualquer custo, ela veste roupas curtas e decotadas, que deixam suas curvas à mostra, na maioria das cenas. O biquíni é quase uma segunda pele.

Personagem de Robertha Portella já foi mulher-fruta para ficar famosaDivulgação

“Ali é a Dafne, e não a Robertha, mas não sei se teria a coragem e a cara de pau dela”, confessa a atriz, estreante em novelas. “Ela quer a fama pela fama, mas não se vende. É ingênua, atrapalhada e não passa por cima de ninguém”.

As mulheres-frutas não serviram de inspiração, jura Robertha. No entanto, na ânsia de ser famosa, Dafne já criou a Mulher Tutti-Frutti, que também alavanca as vendas da barraca de frutas da mãe, Matilda (Bia Montez), e foi Mulher-Esponja, lavando carros numa oficina mecânica. Ela atacou ainda de garota-propaganda da Sabor e Luxo, a empresa de Júlio César (Maurício Mattar). “Trabalho há cinco anos na TV. Já namorei escondida com famosos. Não queria ficar conhecida através de alguém, quero construir o meu nome”, diz a atriz, com um discurso bem diferente da atitude de sua personagem.

Ex-dançarina do ‘Domingão do Faustão’ e ex-participante de ‘A Fazenda’, Robertha, 27 anos, garante não ter receio de ficar marcada como a boazuda da novela e só ser chamada para papéis de apelo sensual. “Não tive tanto esse medo, e a Dafne, apesar de ser extremamente sensual, tem um público infantil muito grande. As unhas coloridas, uma de cada cor, não deixam mentir”, explica ela, acrescentando que teve cuidado para a personagem não ficar apelativa. “Ela não é burra, mas meio bobinha, atrapalhada. Isso tira um pouco o apelo sensual”.

O corpão foi conseguido em dois meses com aulas de musculação, spinning, tratamento com medicina ortomolecular e boca fechada. “O maior sacrifício foi a dieta. Adoro fast-food, pão francês, e sou viciada em refrigerante”, confessa ela, que pesa 59 kg.

Por ser bonita e ter sido dançarina na TV, ela já se sentiu discriminada, mas jura que nem se abalou. “Existe o preconceito, sim, mas está aí para ser quebrado. Temos muitos exemplos de mulheres lindas e que são excelentes atrizes, como a Juliana Paes, a Gloria Pires e muitas outras”, compara.

Para ela, a experiência em ‘A Fazenda’ valeu a pena. Tanto que, após o programa, entrou na oficina de atores da Record e, quatro meses depois, foi convidada para ‘Dona Xepa’. “No reality, queria mostrar que não era só um corpo bonito, mas que sabia falar também”.

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