Por tamyres.matos

Rio - O cantor Lenine, um dos convidados da segunda temporada de ‘Aglomerado’, ao tirar uma foto com MV Bill e Nega Gizza, brincou: “Eu aqui com vocês dois me sinto um queijo coalho no meio de dois pães pretos”. Essa declaração mostra bem a essência do programa. “É exatamente isso que é interessante, toda essa mistura na TV. O programa faz jus ao nome”, enfatiza MV Bill, que, junto com Nega Gizza, dá o tempero à segunda temporada, que estreia dia 2 de novembro, às 16h30.

O programa, exibido na TV Brasil, promove uma interação social entre jovens de comunidades, abrindo espaço para a cultura das periferias. “‘Aglomerado’ une morro, asfalto e subúrbio para se conectar com o público através da TV Brasil”, explica Cristina Carvalho, gerente de produção da emissora.

MV Bill e Nega Gizza comandam a segunda temporada de ‘Aglomerado’Divulgação

Gravado embaixo do Viaduto Negrão de Lima, em Madureira, que abriga um dos bailes de charme mais antigos do Rio, a atração traz na estreia o tema ‘Dinheiro Traz Felicidade?’. Bill e Gizza recebem o cantor Naldo Benny, que fala um pouco sobre os passos de sua carreira até alcançar dinheiro e fama. Nessa segunda temporada, o cenário está de cara nova, mais iluminado e decorado com trabalhos de grafiteiros. No palco, vão se apresentar artistas como Arlindo Cruz e Margareth Menezes.

Além do novo ambiente, há quadros inéditos, como o ‘Papo de Moleque’. Trata-se de uma novelinha que conta a história de Vidigal e Kely, dois jovens moradores de Madureira que criam uma forte amizade. Há também o ‘De Boa’, em que Nega Gizza dá dicas de bons programas para fazer na cidade; a ‘Hora do Caô’, um espaço dedicado ao povo nas ruas para mandar recados e opinar, e o ‘É Fácil Falar de Mim, Difícil é Ser Eu’, que mostra profissões que muitas vezes são vistas com preconceito pela sociedade, como garis, coveiros, flanelinhas e policiais.

“Um dos fatores que contribuíram para o sucesso do programa é o espaço dado aos artistas convidados. Preferimos ter uma atração com um ou dois artistas e dar mais oportunidade a eles de tocar suas músicas e mostrar seu conteúdo. Assim, ficam mais à vontade até para se posicionar em relação aos assuntos. Isso é meio difícil de se ver na TV hoje em dia”, afirma MV Bill.

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