Por tabata.uchoa
Casal do episódio ‘Amor Livre’%3A ele não sabia que ela era transexualDivulgação

Rio - “Não é estranho o fato do meu pai namorar uma transexual. O estranho é ele namorar e morar com ela na mesma casa com a minha mãe”, diz um adolescente incrédulo, filho de um homem que se envolveu com um transexual pensando que ele fosse uma mulher.

O depoimento faz parte do primeiro episódio da série ‘Tabu Brasil’, que estreia sua terceira temporada hoje, às 22h30, no Nat Geo. Com foco em temas urbanos e atuais, a atração vai abordar sete tipos de comportamento que, muitas vezes, não são aceitos pela sociedade.

O primeiro episódio, ‘Amor Livre’, com uma hora de duração, mostra romances nada convencionais. Além do paulista de Mogi das Cruzes que vive sob o mesmo teto com a namorada transexual e a ex-mulher, o programa traz outras histórias, como a do casal de irmãos do interior da Bahia que se apaixonou sem saber que tanto ele como ela são filhos do mesmo pai, e a de um grupo de pessoas de Porto Alegre que não aceita a monogamia e mantém relacionamentos com dois ou mais parceiros.

“A gente queria falar sobre sexualidade, relações diferentes. Mas tivemos muito cuidado para não tratar o assunto com preconceito”, diz a diretora Patricia Rubano, que dividiu a direção dos episódios com Edu Rajabally,ambos da produtora BossaNovaFilms, responsável pela atração. “Pesquisamos os temas e começamos a filmar em dezembro do ano passado. Não seguimos a pauta do ‘Tabu’ internacional. Temos toda liberdade para a escolha de temas para a versão brasileira”, completa.

A cada episódio, três personagens são apresentados sobre o mesmo assunto, além de depoimentos de especialistas. As próximas edições trazem temas como mulheres que optam por partos polêmicos, superdotados de inteligência, animais de estimação tratados como humanos, a epidemia da obesidade, grupos de risco da Aids e prisão feminina.

“No programa sobre partos, vamos mostrar uma mulher de 60 anos que engravidou, uma que teve quadrigêmeos para a irmã e outra que decidiu ter o filho em casa”, conta Patricia Rubano. “O episódio sobre Aids foi o mais difícil de fazer, porque muitos não querem se expor”.

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