Rio - ‘A gente trabalha e se ama.” É simples e poética a forma como o músico Tiago Iorc, 28 anos, diz que lida com a profissão e o assédio em torno da namorada, Isabelle Drummond. Discreto, o casal, que de fato parece bem apaixonado, não é de alardear a intimidade por aí. Mas juntou o útil ao agradável. Na nova trama das 19h ‘Geração Brasil’, que estreia na Globo amanhã, ela faz a patricinha sexy Megan. E ele emplacou uma versão mais moderna e eletrônica da música ‘Proibida pra Mim’, do Charlie Brown Jr., na trilha sonora da novela.
Aos 20 anos, Isabelle radicalizou geral. Além de assumir, pela primeira vez, um namoro, deixou de lado o perfil de boa moça para viver uma bad girl na história de Filipe Miguez e Izabel de Oliveira. “A Megan é sensual e sempre pensamos na Isabelle para o papel, porque ela é uma das melhores atrizes de sua geração e tem uma beleza universal. Também achamos que ela saberia dar a delicadeza de que a personagem precisa. Megan é politicamente incorreta, abusa do álcool para uma menina de 19
anos, mas é sensível, não é só uma vilã”, define a autora. A atriz admite que está, sim, se sentindo “mais sexy” desde que ficou loura e alongou as madeixas: “Agora chamo mais atenção quando ando nas ruas.”
Para manter-se esbelta, nada de sacrifícios ou dietas mirabolantes. “Faço ioga e balé. Gosto da dança porque mexe com a mente e o corpo”, comenta a atriz, que segue o estilo mais clássico, sem deixar de investir num decote ou num vestido mais curto. “Hoje, me arrumo mais. Mostro o que quero mostrar de forma elegante. Não gosto de nada extravagante, em excesso”, destaca Isabelle, que garante não ser tão consumista quanto antes. “Meu lado excêntrico agora é zen, compro menos. Estou mais devagar.” A
atriz, que para o papel se inspirou na socialite americana Paris Hilton e na atriz alcoólatra Lindsay Lohan, explica como não caiu na tentação das drogas: “A Megan já foi presa por dirigir bêbada e fazer besteira na ‘night’. Eu tenho a sorte de ter uma família equilibrada. Mesmo nos momentos de fragilidade, minha mãe sempre esteve ao meu lado.”
Como Lindsay, ela também começou a trabalhar cedo, mas nem por isso se deixou deslumbrar pelo sucesso. “A fama é uma bênção para divulgar coisas bacanas, para ajudar as pessoas. O lado ruim é quando deixa de ser real. A mídia excessiva faz mal para a cabeça. A nossa profissão tem muita ralação, não é só glamour. Trabalho como qualquer pessoa e não me deixo iludir. Tenho os pés no chão”, frisa.
Para interpretar a filha do casal de celebridades Pamela Parker (Cláudia Abreu) e Jonas Marra (Murilo Benício), Isabelle teve aulas de inglês e assistiu a reality shows. “Pesquisei sobre essa galera de Hollywood que vive nesse círculo vicioso de mídia, escândalos, balada. A Megan é uma representante disso. Ela tem um pouco da menina fresquinha e uma pegada rock ‘n’ roll. Ela sente falta de limite, de educação e da presença dos pais. É revoltadinha”, define.
Nos primeiros capítulos, Isabelle terá um caso com o personagem de Fiuk, um jornalista que só se aproxima para conseguir informações sobre a família dela. E ainda posta vídeos íntimos dos dois na internet. Quando chegar ao Brasil, Megan se envolverá num triângulo amoroso completado por Chandelly Braz e Humberto Carrão, que formam um casal na vida real. Mas Isabelle assegura que não rola um clima de ciúmes nos bastidores: “Eu e Chandelly nos damos muito bem. Já éramos amigas. É bom trabalhar com quem a gente gosta.”