Por fabio.klotz

Rio - Os maiores obstáculos para o Flamengo nesta quarta-feira são o relativo cansaço pela longa viagem e o forte calor que sempre castiga os visitantes em Cuiabá. De resto, só há coisas positivas: o gramado da nova arena ajuda o bom futebol, o Flamengo é tecnicamente superior e terá certamente maior torcida, já que o Goiás é um dos muitos clubes de pires na mão e levou o jogo para Mato Grosso para faturar. Até porque a sua torcida anda meio desmotivada e proporciona rendas sempre pequenas no Serra Dourada.

Eduardo da Silva deve ser titular do Flamengo no jogo contra o GoiásErnesto Carriço

Se o Flamengo mantiver o ritmo forte dos últimos jogos, as chances são boas. A decisão de Vanderlei de começar logo com Eduardo da Silva ajuda porque ele já recuperou boa parte da forma e é um jogador decisivo. Além de tudo, o Flamengo, taticamente, melhorou - está mais organizado, com boa mobilidade e um sistema defensivo que não dá muitos espaços ao adversário. Por isso, ótimas chances de continuar bem na sua luta para chegar em breve ao G-4. Difícil, mas bem possível.

Vida nova

A expressão vida nova pode servir ao Fluminense de duas formas: o time tem que se acostumar a uma nova realidade que não é mais tão colorida como em outros tempos, mesmo no início da competição quando disputava o título com o Cruzeiro. É bom cair na realidade porque ainda tem boa posição para se firmar no G-4. E essa vida nova tem a ver também com a necessidade de se readaptar ao esquema inicial de Cristóvão. A ausência de Fred, poupado, facilita para um esquema móvel.

Sem elenco

O Botafogo faz das tripas coração para ficar longe do Z-4, mas não está nada fácil. O elenco é carente de quantidade e, principalmente, de qualidade. Para piorar, muitas lesões e suspensões, em número superior à média. Nesta quarta-feira, em jogo contra o forte São Paulo, em campo neutro, se Sheik e Airton voltam, há os desfalques de Jefferson, Edilson, Ramírez e Bolatti, lembrando ainda a falta de Daniel, que ficará muito tempo fora. Desse jeito, ainda mais longe de casa, é muito difícil.

Para o topo

O Vasco mostrou, nesta terça-feira, um ar diferente em relação aos jogos anteriores em São Januário. O time estava mais tranquilo, consistente, e, mesmo sem brilho técnico, deixava claro quem era o grande. Venceu, com boas atuações de Guiñazu e Douglas e gols de dois dos seus melhores jogadores - Rodrigo e Maxi Rodríguez -, mantendo a posição no G-4. Mais do que isso, deixou na torcida a esperança de que, com Papai Joel, só tende a melhorar e pode conquistar o bi da Série B do Brasileiro.

Bom exemplo

Um lance curioso e emblemático ocorreu no jogo Bahia e Coritiba, em Salvador. O árbitro Francisco Carlos do Nascimento deu pênalti para o Coritiba e formou-se a confusão. Pouco depois, o goleiro do Bahia, Marcelo Lomba, advertido por repórteres, avisou ao árbitro que, pela TV, a falta acontecera fora da área. Os auxiliares confirmaram a versão externa e o árbitro voltou atrás. Estresse geral. Tudo seria mais fácil se a tecnologia fosse usada naturalmente, em nome da justiça.

O basquete brasileiro sobreviveu no exterior

Esse aparente renascimento do basquete brasileiro que, para muitos, já estava morto e enterrado em talento e organização, aconteceu também porque vários garotos, como no futebol, foram resgatados no exterior, meio esquecidos. A incompetência dos dirigentes só fez empobrecer o esporte que já foi o número 2 do país. Com a recente faxina moral na CBB, voltaram a credibilidade, os craques que atuam na NBA e joias como Raulzinho, já com prestígio na Espanha. Razões para festejar e torcer nesta quarta-feira na difícil partida contra a Sérvia.

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