Por pedro.logato

Rio - O torcedor gaúcho não teve paciência e vaiou com razão. Noite fria, ingresso caro e só viu Neymar à meia bomba na fase final.Impossível se tirar alguma conclusão do amistoso porque o excesso de mudanças, em vez de servir para observações, tumultua tudo e a equipe vira um bando. Mas já deu para perceber antes que Philippe Coutinho pode render muito em uma formação composta, Miranda é titular absoluto, Willian é um motorzinho que garante o equilíbrio tático e Firmino é sempre objetivo, embora participe menos do que Tardelli. A Seleção é 70% Neymar e não adianta considerar isso um problema. Nada de muito novo, mas essa seleção de Dunga é mais organizada e até guerreira do que a da Copa do Mundo e pode voltar do Chile, se não com o título, pelo menos sem vergonha.

Neymar teve atuação apagada contra HondurasLeo Correa / Mowa Press

A VOLTA DO MELHOR

Daniel Alves é o melhor lateral-direito de que a Seleção pode dispor e só não se firmou totalmente porque eventualmente faz umas bobagens, é expulso e também ficou marcado pelos 7 a 1. Dunga lhe deu um gelo, mas foi obrigado a reconvocá-lo, talvez para ser titular porque, se Danilo garantia, o mesmo não se pode dizer de Fabinho. Dunga terá que engolir Daniel Alves.

EUA SOBEM DE NÍVEL

Esses últimos tempos no futebol têm sido excepcionais para os EUA. Nos bastidores, um gol de placa na investigação sobre a Fifa. Dentro de campo, vitórias históricas, ambas de virada, em amistosos na Europa contra a Holanda e Alemanha. Mesmo com os campeões do mundo repletos de reservas, derrotá-los foi uma façanha.

UM NOVO FLAMENGO

Tudo parece indicar que, nos próximos tempos, a torcida verá um novo Flamengo e quase certamente melhor. As novas contratações, com destaque para Guerrero e Sheik, vão dar muita força ao ataque e Cristóvão projeta um novo esquema tático com melhor aproveitamento ofensivo de Luis Antônio, Canteros e Everton. Está sendo enterrada a era Vanderlei.

CASO PERDIDO?

Os recentes acontecimentos com Bernardo até lembram Jobson e dão uma sensação de talento perdido em meio ao caos. Com ficha policial extensa, não dá para ser profissional de futebol e o caso das agressões de Bernardo é revoltante. Para piorar, em momento difícil do Vasco, em que Doriva tenta o impossível, muda tudo e ainda encara o Cruzeiro.

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