Por clarissa.sardenberg
Rio - O Instituto Médico Legal de Medellín identificou os 71 corpos dos que morreram na tragédia do avião da Chapecoense na madrugada da última terça-feira, na Colômbia. A informação foi confirmada pelo diretor da instituição à imprensa local e pelo assessor da Chape. A chegada dos restos mortais dos 19 jogadores do clube catarinense no Brasil está prevista para esta sexta-feira.

"Todos os corpos já foram identificados e serão embalsamados em Medellín. Estamos aguardando para que nas próximas horas a Força Aérea Brasileira possa trazê-los até Chapecó", explicou o assessor de imprensa do time, Andrei Copetti.

Velório coletivo acontecerá na Arena Condá, sede da ChapecoenseEFE

Segundo ele, a chegada está prevista para meio dia desta sexta-feira. Em seguida, acontece um velório coletivo na Arena Condá, sede da Chapecoense, que contará com a "muito provável" presença do presidente Michel Temer. "Não temos a confirmação definitiva, mas tudo aponta que estará conosco", disse Copetti.

A tragédia do voo da empresa boliviana Lamia deixou 71 mortos, entre eles 19 jogadores da Chapecoense, que viajavam para Medellín a fim de disputar a partida de ida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. 

Sobreviventes 

A Chapecoense procurou tranquilizar seus torcedores a respeito dos sobreviventes do acidente aéreo informando que todos têm chances de recuperação. De acordo com o clube, o goleiro Follman é o que se encontra em estado mais grave. Ele teve uma das pernas amputadas e a outra com possibilidade de amputação do pé. No entanto, seu quadro é estável, segundo a Chape.

Allan Ruschel está com movimentos normais nos membros superiores e inferiores após passar por cirurgia na coluna vertebral. O estado do lateral é crítico, com múltiplas escoriações, mas com perspectiva de melhora.

O zagueiro Neto, último dos resgatados está em estado crítico, mas estabilizado e também oferece boas perspectivas de melhora, informou a Chape.

O jornalista Rafael Henzel se recupera de um trauma toráxico e uma fratura de perna, mas as chances são "otimistas".
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O mais preocupante no caso de todos é o risco de infecção, pois os ferimentos apresentavam nível alto de contaminação. Ainda não há previsão sobre a alta dos pacientes, segundo a Chape.
*Com informações da EFE