Acevedo disse que o momento mais difícil no trabalho de cerca de 15 horas na região do acidente aéreo, na última segunda-feira, foi escutar, durante a noite, gritos de socorros dos sobreviventes. Por causa da escuridão, não se sabia de qual direção vinham as vozes. Quando o dia clareou, o general disse que ficou triste ao ver camisas do time e chuteiras espalhadas pela mata.
"Foi um momento muito complicado do meu trabalho. Mesmo quem é experiente, como eu, fica abalado pela tragédia, pela juventude das vítimas e a comoção que isso causou no Brasil e na Colômbia", disse Acevedo. O general esteve na quarta-feira no estádio Atanasio Girardot acompanhado do prefeito de Medellín, Federico Gutierrez Zuluaga, e do presidente do Atlético Nacional, Juan Carlos de la Cuesta, para combinar detalhes sobre a homenagem realizada às vítimas do acidente.
O general lamentou não ter conseguido resgatar mais sobreviventes. A previsão das autoridades é que somente 11 pessoas sairiam com vida da queda do avião da companhia boliviana, porém a conta agora é bem menor, de apenas seis. Entre eles está o zagueiro Neto, o último a ser retirado do local, com hipotermia. O jogador teve uma espera total de quase dez horas. Duas delas depois de o penúltimo sobrevivente ter sido levado.
Pelo quadro de emergência, o defensor está em um hospital de La Ceja, cidade mais próxima do ponto do acidente, onde já passou por cirurgias. O estado dele é crítico. Os outros jogadores sobreviventes são o goleiro reserva Follmann, que teve uma perna amputada, e o lateral-esquerdo Alan Ruschel. Ele corre o risco de ficar paraplégico.