Por sarah.borborema
Colômbia - O avião que transportava a delegação da Chapecoense, jornalistas e convidados, que caiu na última terça-feira, voou acima de uma aeronave da Avianca. Ambos aguardavam permissão para pousar no aeroporto de Medellín, na Colômbia. O copiloto da empresa colombiana relatou ao jornal 'El Espectador' o diálogo que ouviu entre a tripulação do avião que caiu e a torre de controle.
Segundo o relato, o piloto do voo da Chapecoense solicitou prioridade ao controlador para continuar o voo, informando problemas de combustível, antes de declarar estado de emergência. "Solicitamos prioridade para aterrissar, temos problemas de combustível. No entanto ele não declarou estado de emergência", contou o tripulante da Avianca.

Segundo informações, o pedido foi negado pelo controlador do Aeroporto Internacional Jose Maria Cordova, porque a prioridade foi para uma aeronave da empresa VivaColombia, que também enfrentava problemas com seu voo.

"Quando o piloto do Lamia (avião da Chapecoense) deu início ao movimento de descida, ele declarou-se em estado de emergência. Afirmou que tinha uma falha elétrica e pediu vetores (uma rota mais rápida para aterrissar) para continuar a descida. E ele voltou a repetir: ajuda, vetores para alcançar a pista", relatou o copiloto da empresa colombiana.

Após declarar estado de emergência, a controladora da torre respondeu que a tripulação do avião da Lamia poderia prosseguir para a pista. Segundo ela, não havia contato com o radar e o piloto pediu ajuda pelo rádio. "Ajuda, ajuda, pediu o piloto gritando enquanto nós ouvíamos o rádio. Fez-se um silêncio e, de repente, não ouvimos nada. A controladora falou e nós começamos a chorar", concluiu o funcionário da Avianca.