Rio - Mesmo entre vergalhões expostos, bueiros e obras inacabadas, o Flamengo treina no Ninho do Urubu. O projeto iniciado em 2011 está longe de terminar e a precariedade do local salta aos olhos. O torcedor rubro-negro já foi convocado, mais de uma vez, para ajudar nas obras, seja comprando pulseiras, que renderam quase R$ 500 mil, ou tijolos, que levaram R$ 1,5 milhão aos cofres.
A campanha dos tijolinhos vendeu 7.567 peças, mas o Flamengo parece ter esquecido dos torcedores que pagaram 250 reais para ter seu nome eternizado em um muro. Além da sujeira, muitos têm uma tonalidade preta, que mostra o abandono e pouco caso com o projeto idealizado para alavancar o centro de treinamentos. Desde a inauguração do último muro, em setembro do ano passado, ainda na gestão de Patricia Amorim, pouca coisa mudou no Ninho do Urubu que continua com estruturas provisórias em muitos lugares.
O clube aguarda os R$ 5 milhões prometidos pela prefeitura do Rio para avançar. O dinheiro não será suficiente para terminar as obras, estimadas em R$ 9 milhões. Recentemente, as únicas melhorias vistas no local foram o término da construção do muro de entrada e uma placa indicando o nome do Centro de Treinamentos George Helal.
Jogadores como Renato Abreu e Ronaldinho, que atualmente movem ações contra o clube na Justiça, compraram seus tijolos, e agora o clube deve pagar bem mais caro aos dois que tiveram saídas nada amistosas e cobram milhões. Ronaldo Fenômeno comprou seis tijolos, mas o dinheiro não foi aceito pelo Fla.