Por jessyca.damaso

Rio - O Juizado do Torcedor concedeu liberdade provisória, na última segunda-feira, a 63 integrantes da torcida Força Jovem do Vasco acusados de planejar brigas de torcidas. Outros cinco membros da torcida organizada tiveram o pedido de liberdade negado pelo juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte.

Dos 68 torcedores presos, 63 conseguiram liberdade provisóriaReprodução Internet

Os torcedores tinham sido presos em flagrante no dia 28 de outubro antes do jogo entre Vasco e Flamengo, no Maracanã, por descumprirem decisão judicial que determinava o afastamento da Força Jovem de eventos esportivos e proibia que seus integrantes se aproximassem dos estádios em um raio de cinco quilômetros. 

De acordo com o Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (GEPE), o grupo se preparava para um confronto com a torcida do Flamengo quando avistaram a polícia e se esconderam na sede da organizada, que fica em São Cristóvão, a menos de cinco quilômetros do Maracanã, local da partida entre Flamengo e Vasco.

"Em relação aos demais acusados que não ostentam nenhum apontamento em suas folhas penais, muito provavelmente a segregação cautelar típica de uma prisão provisória acabaria sendo medida por demais gravosa. Isso porque o crime do art. 41-B, § 1º do Estatuto do Torcedor traz uma expressa previsão em seu § 2º, ou seja, na hipótese do réu ser primário e de bons antecedentes pode fazer jus à substituição da pena de reclusão em medida impeditiva de comparecimento às proximidades de estádio ou local em que se realiza evento esportivo", avaliou o juiz.

Na decisão, o juiz Guilherme Schilling afirma que a manutenção da prisão dos outros cinco integrantes da organizada é necessária para a preservação da ordem pública, já que eles são réus em outros processos de violência em eventos esportivos. Um deles, Sávio Agra Sássi, é o presidente da Força Jovem do Vasco.

"O feito encontra-se em tramitação, constatando-se uma suposta recidiva criminosa. Em relação a estes, inequívoca a presença do periculum libertatis, o que atesta a necessidade da custódia cautelar para a garantia da ordem pública e a fim de assegurar a aplicação da lei penal. A ordem pública há de ser preservada nestes casos em virtude da reiteração de envolvimento em atos criminosos ou relacionados a eventos esportivos", definiu.

Além do uso de tornozeleira eletrônica, os 63 integrantes da Força Jovem que foram liberados só poderão deixar o Rio de Janeiro com autorização judicial. Eles terão de comparecer mensalmente ao cartório do Juizado do Torcedor, no Fórum Central, e, em dias de jogo do Vasco, precisarão ir à Delegacia de Homicídios, na Barra da Tijuca.

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