Rio - O Flamengo vem se equilibrando no fio da navalha no G-7 do Campeonato Brasileiro. Com apenas um ponto à frente do Vasco, o oitavo colocado, o time mais uma vez fracassou na missão de derrotar um adversário no topo da tabela. Até agora, não venceu ninguém entre os quatro primeiros. E, nas quatro rodadas finais da competição, terá pela frente Corinthians e Santos, ambos em casa.
No desembarque da delegação de São Paulo, o técnico Reinaldo Rueda, há três meses à frente da equipe, admitiu que a pressão é muito grande. Ao falar rapidamente com os jornalistas, reconheceu que o time decepcionou novamente na derrota por 2 a 0 para o Palmeiras: "Todos os jogos são de altíssima pressão, ainda mais após essa derrota. Foi um gol muito cedo. Havia muita esperança depois do jogo que fizemos aqui contra o Cruzeiro. Havíamos tomado confiança, e a aspiração era um grande resultado contra o Palmeiras."
Rueda terá trabalho para corrigir as falhas defensivas para a partida de quinta-feira, contra o Coritiba, também fora de casa. Longe do Rio, o desempenho do Rubro-Negro é muito ruim: oito derrotas, cinco empates e apenas quatro vitórias, um aproveitamento de 33,3%, campanha de vice-lanterna.
Na próxima rodada, Juan, recuperado de dores musculares, deve voltar na vaga do criticado Rafael Vaz, e formar dupla com Rhodolfo. "Temos que melhorar, estamos todos cientes disso", declarou Juan.
Em entrevista ao site Globoesporte.com, o presidente Eduardo Bandeira de Mello demonstrou confiança na chance de o time encerrar bem o ano, mas deixou claro que não aprova o desempenho do elenco. Segundo ele, o torcedor do Flamengo nunca deve ficar satisfeito. "Nunca podemos ficar satisfeitos com nada. Se o Flamengo tivesse ganho a Libertadores, eu não ia estar satisfeito porque ia querer ser campeão do mundo. Tem que sempre mirar o objetivo mais alto possível."
O trabalho de Rueda também passará por uma criteriosa avaliação da cúpula do futebol, sobretudo se o time fracassar na briga pelo título da Sul-Americana e pela vaga direta na Libertadores. "Dependendo da maneira que a gente terminar o ano, isso vai se refletir no ano que vem."