Tunísia - Três atentados terroristas na Tunísia, no Kuwait e na França deixaram dezenas de mortos e de feridos nesta sexta-feira. Na Tunísia, no mais grave deles, homens armados com fuzis invadiram dois hotéis de luxo e dispararam contra turistas matando ao menos 28 pessoas.
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Segundo relatos de hóspedes, houve troca de tiros entre seguranças dos hotéis e os atiradores. Ao jornal britânico Daily Mail, turistas descreveram ainda explosões que podem ter sido de bombas. "Ouvi um barulho de parecia de um trovão", disse uma testemunha. O Ministério da Saúde do país informou que entre as vítimas estão britânicos, alemães e belgas.
O porta-voz do Ministério do Interior, Mohammed Ali Aroui, afirmou que as forças de segurança reagiram imediatamente ao atentado e mataram um dos atacantes, enquanto o outro foi preso depois de fugir do local.
Paralelamente, o Kuwait registrou um atentado suícida em uma mesquita xiita na capital do país, que deixou pelo menos 25 mortos e centenas de feridos. O ataque ocorreu durante a oração do meio-dia na mesquita Al Imam Al Sadeq. Militantes do Estados Islâmico reivindicam a autoria do atentado. O braço do grupo na Arábia Saudita, designado Província de Nadj, informou que o combatente Abu Suleiman Al Muwahhid foi responsável pelo ataque contra a mesquita.
Um comunicado na web, atribuído ao Estados Islâmico, afirma que o alvo foi um "templo de rejecionistas" (termo usado pelos adeptos do Estado Islâmico para se referir aos xiitas). O local estava lotado por conta do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.
A ação terrorista foi realizada poucas horas após uma usina de gás na França ter sido atacada. Uma pessoa foi decapitada e duas pessoas ficaram feridas no local. De acordo com fontes policiais e a mídia francesa, houve várias explosões após dois agressores baterem um carro nas instalações da companhia, explodindo tanques de gás.
Um suspeito foi preso e outro foi morto na cena do atentado. Na ocasião, o presidente francês François Hollande disse que é preciso não ceder ao medo e que este é o momento de prevenir novas ações terroristas.
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François Hollande interrompeu a reunião de líderes europeus da qual participa, em Bruxelas, para fazer a declaração e anunciou que voltará em seguida para a França, onde deverá ter uma reunião emergencial de crise.
Todos os atentados teriam sido cometidos por integrantes do Estado Islâmico. Não há confirmação de que os atentados nos três países tenham sido orquestrados.
Nota do Brasil
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil prestou condolências às famílias das vítimas e disse que repudia a intolerância religiosa. "A intolerância religiosa e o recurso à violência indiscriminada, praticados sob qualquer pretexto, merecem o mais veemente repúdio da sociedade e do Governo brasileiro. Nesse momento de luto e tristeza, o Governo brasileiro estende suas condolências e sua solidariedade às famílias das vítimas e aos povos e Governos da Tunísia, do Kuwait e da França."