Por felipe.martins, felipe.martins
Rio - Cerca de seis mil manifestantes, segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT), lotaram o Centro do Rio contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff, contra a política econômica do governo e contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os protestos pró-Dilma também ocorreram em 20 outras capitais e no Distrito Federal. A maior manifestação aconteceu em São Paulo, com a presença de 55 mil pessoas, segundo o Datafolha.

No Rio, os militantes se reuniram na Cinelândia e cantaram “Para Não Dizer que Não Falei das Flores”, de Geraldo Vandré, hino de resistência à ditadura militar. Também exibiram cartazes nos quais estava escrito “Eu não vou deixar ter golpe”. Houve queima de fogos.

Protesto reuniu cerca de seis mil pessoas na CinelândiaErnesto Carriço / Agência O Dia

“Esse é um ato contra o golpe e a favor da democracia. O que a Câmara está fazendo é rasgar a Constituição. Os que perderam a eleição estão querendo ganhar no grito”, afirmou o presidente da CUT do Rio, Marcelo Rodrigues. Para ele, a política econômica do governo Dilma precisa dar “uma guinada”.

Os manifestantes também entoaram palavras de ordem contra Eduardo Cunha: “1, 2, 3, 4, 5, mil, queremos que o Cunha vá para ...”

No Rio, em Brasília e em São Paulo, quando locutores em carros de som anunciaram que a Procuradoria Geral da República pediu o afastamento do presidente da Câmara, os manifestantes gritaram “Ai, ai, ai, empurra o Cunha que ele cai”. Junto à cantoria, os gritos de “fora, Cunha” e “não vai ter golpe” também foram repetidos nas manifestações em todos os estados.

Movimentos sociais e sindicais se unem em ato contra impeachmentiG

Em cidades como Salvador e Porto Alegre, manifestantes usaram máscaras de Cunha e levaram cédulas falsas de dinheiro durante o protesto.

Em São Paulo, os manifestantes partiram da avenida Paulista, em frente ao Masp, e se dirigiram até a praça Roosevelt. No horário de maior movimento do protesto, às 19h, 45,4 mil pessoas estiveram no ato. Ainda segundo a pesquisa, 14,8 mil pessoas ficaram durante todo o tempo do protesto.
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No último domingo, 40,3 mil pessoas estiveram na avenida Paulista em defesa do impeachment, número distante do pico de março, quando 200 mil pessoas foram aos protestos contra o governo.