De acordo com o governador, contratos com fornecedores serão revistos e não será tolerada a inadimplência do empresariado. "Uma das coisas que eu vou mais lutar e que a gente preparou um grande trabalho foi contra a inadimplência do nosso empresariado. Não dá para o Estado conviver com as inadimplência que nós tivemos durante o ano de 2015", afirmou Pezão, ressaltando: "As leis que nós tínhamos que aprovar, nós aprovamos. Mostramos que nós temos um ambiente fraterno para a geração de renda e emprego, mas isso ainda não se mostrou suficiente. A gente ainda tem uma inadimplência muito grande aqui no estado".
Pezão diz que o ano de 2016 'não será tão difícil' como foi 2015
Em evento, governador ressalta racionalização de gastos com saúde, segurança e educação como forma de driblar a crise e afirma que não aceitará a inadimplência do empresariado
Rio - Luiz Fernando Pezão falou nesta segunda-feira sobre o planejamento do Estado para driblar a crise em 2016. Presente no evento onde tomou posse o novo comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Duarte dos Santos, o governador, ao lado de seu secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que este "ano não será tão difícil" quanto foi 2015 e afirmou que está mantido no sétimo dia útil o pagamento dos servidores. No evento, o governador ainda falou da racionalização de gastos com saúde, educação e segurança.
"Vamos nos adaptar aos recursos que a gente recebe. Nós recebemos muito pouco pelo que a gente presta de serviço. A nossa rede vai ter o tamanho do que for compactuado com as prefeituras e com o governo federal", afirmou Pezão sobre a saúde, que também ressaltou que serão feitos cortes na segurança, área com a maior fatia do orçamento.
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Ainda no evento, Pezão defendeu parcerias com líderes religiosos e um pacto pelo desarmamento como estratégias para enfrentar a violência armada no estado. "Não dá para ter outro ano igual 2015. Vou usar de todas as minhas forças para combater a entrada de armas ilegais no Rio. Temos que fazer um grande pacto pelo desarmamento e desarmar a população", disse.
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Dentre os desafios a serem encarados pelo coronel Edison Duarte Jr., estão os ataques a policiais em comunidades patrulhadas por UPPs. Só na primeira quinzena de dezembro, 12 PMs foram mortos em conflitos. O número representa mais da metade dos registros de mortes de PMs em serviço computados no estado. Em 2015, 23 PMs foram assassinados e 615 pessoas acabaram mortas em supostos confrontos com os policiais, números que renderam à PM o título de “polícia que mais mata e mais morre no Brasil”.
Nos últimos quatro anos, o coronel esteve à frente da preparação e planejamento da PM para os grandes eventos, em especial para a Copa das Confederações da Fifa e Jornada Mundial da Juventude. Também comandou o 4º BPM (São Cristóvão), responsável pelo patrulhamento ostensivo nos arredores do Estádio do Maracanã na Copa do Mundo de 2014.
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Formado em Direito e com MBA em Gestão de Segurança Pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o novo comandante da PM tem vasta experiência em missões internacionais na República Dominicana, Haiti, África do Sul, Israel e Londres. No Panamá, colaborou com o governo para a implantação do modelo de Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) naquele país.
Reportagem da estagiária Maria Clara Vieira