Rio - Uma professora de História da rede estadual do Rio causou revolta ao afirmar, nesta segunda-feira, em uma publicação nas redes sociais que a morte da pequena Sofia Clara Braga foi "justiça divina". No texto, Denise Oliveira, menciona o assassinato de cinco jovens em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, em novembro de 2015. "Ontem a dor de uma família, hoje a dor é na sua família", declarava em um trecho. Felipe Fernandes, pai da menina de dois anos, é policial militar do 16º BPM (Olaria).
" A criança virou anjo. A você PM que mata todo dia, uma lição. Justiça nem sempre (nunca) vem pela toga. Aprende isso", diz ela em um trecho da publicação. Uma outra usuária da rede questiona qual seria a justiça na morte de uma criança de dois anos. "Justiça divina, já ouviu falar nisso? Pra quem acredita, Deus não dorme, ele cobra", responde Denise.
A postagem recebeu inúmeras críticas. "Que absurdo meu Deus, não dá nem para acreditar nisso!", escreveu um internauta. "Vamos sim denunciar para Secretaria de Educação", fez coro outro usuário.
Na manhã desta terça-feira, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) fizeram uma perícia na lanchonete onde Sofia foi atingida, na Avenida Monsenhor Félix, em Irajá. A equipe, que reuniu delegados, peritos e policiais, realizou a perícia complementar no brinquedo onde a criança brincava. Além disso, os agentes percorreram o trajeto feito durante a perseguição policial, para determinar a origem do tiro que causou a morte da criança.