Por adriano.araujo

Rio - Uma guerra entre facções na Cidade Alta, em Cordovil, na Zona Norte do Rio, deixa moradores em pânico desde a madrugada desta terça-feira. A intensa troca de tiros ainda ocorria nesta manhã e prejudicou a vida de trabalhadores e pais que não puderam deixar seus filhos nas escolas. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e outros batalhões fazem operação na favela.

O tiroteio começou ainda pela madrugada quando criminosos de uma facção rival da Cidade Alta que vieram de Parada de Lucas chegaram ao local fortemente armados. Traficantes foram flagrados pela TV Record andando pela comunidade com armas em punho. 

Traficantes fortemente armados na Cidade Alta. Favela vive guerra entre facçõesReprodução TV Record

Nas redes sociais, quem mora região relatou o tiroteio na favela, que tem sido palco de intensas guerras entre facções. Desde novembro do ano passado, esta é pelo menos a quarta disputa pelo controle do tráfico de drogas na Cidade Alta, que deixa moradores no meio do fogo cruzado.

"Terceira guerra mundial está acontecendo na Cidade Alta", escreveu um morador. A Polícia Militar informou que foi acionada após o tiroteio e que o Batalhão de Operações Especiais (BOPE), o 16°BPM (Olaria) e o 22°BPM (Maré) estão na região. Em Parada de Lucas, de onde teriam partido os criminosos que foram à Cidade Alta, estão policiais do Batalhão de Ações com Cães (BAC). Ainda não há informações de presos, feridos ou de apreensões.

Mais de 3 mil alunos sem aula na região

Por conta da guerra na Cidade Alta, crianças e adolescentes não tiveram aula em escolas da região. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, são 3.109 alunos sem atendimento nesta manhã nas regiões da Cidade Alta, Parada de Lucas e Vigário Geral.

Segundo a 4ª Coordenadoria Regional de Educação, cinco escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) ficaram sem atendimento pela manhã na região da Cidade Alta, afetando 2.203 alunos. Em Parada de Lucas, duas escolas e uma creche não abriram e deixou 738 alunos sem aula. Já em Vigário Geral, duas creches que atendem pela manhã 168 crianças estão fechadas. 

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