Artur Felomeno de Magalhães, de 72 anos, Felipe Pacheco Carneiro, 29 anos, foram atendidos, medicados e liberados no Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Já Jaqueline Fernandes de Souza, atingida na perna, ainda era atendida na noite deste sábado. A troca de tiros ocorreu entre traficantes que disputam o comércio de drogas local.
Além do 16º BPM (Olaria) e do 41º BPM (Irajá), policiais dos batalhões de Operações Especiais (Bope) e de Choque (BPChq) foram chamados para a região.
Um fuzil AK 47 e explosivos foram encontrados nas ruas da favela. Nas redes sociais, moradores da Cidade Alta e proximidades reclamam dos tiros e explosões. "Jesus Cristo!! Quase duas horas de confronto. O que será de nós Senhor. Tenha misericórdia", escreveu uma moradora. "Nós só queremos paz na nossa comunidade", pediu uma jovem.
"Eu trabalho com Uber, meu carro foi atingido por vários tiros. Não sei o que vou fazer da minha vida", disse um morador, que preferiu não se identificar.
"São mais de duas horas de tiroteio, isso é inadmissível, estamos na beira da Avenida Brasil", desabafou, revelando que passou grande parte da manhã debaixo da cama por causa dos tiros.
Há pelo menos dois meses, bandidos de facções distintas disputam o controle das bocas de fumo na Cidade Alta.
Explosivos espalhados pelas ruas
O Esquadrão Antimbomba, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), foram acionados para a Cidade Alta para analisarem uma série de explosivos lançados pelos criminosos durante a guerra dentro da comunidade.
De acordo com a especializada, cinco artefatos explosivos de fabricação caseira foram encontrados espalhados nas ruas da favela. Segundo os agentes, os mesmos "falharam" quando foram arremessados pelos bandidos.
Ainda segundo os agentes, os explosivos improvisados são fabricados clandestinamente, utilização pedaleiras de bicicleta, pólvora e estopim. Apesar do improviso, eles possuem grande poder de destruição, sendo fatais quando detonados a poucos metros da vítima.
A Delegacia de Homicídios (DH-Capital) vai investigar as mortes.