Ato bloqueou temporariamente a Estrada do Quitungo, altura da Rua Oliveira Melo, em Brás de PinaReprodução

Rio - Um grupo de pessoas realiza um protesto contra uma operação da PM, desde o fim da manhã desta quinta-feira (18), na comunidade do Quitungo, em Brás de Pina, Zona Norte do Rio. Imagens do ato compartilhadas nas redes sociais mostram a Estrada do Quitungo, altura da Rua Oliveira Melo, parcialmente bloqueada com caixotes, pneus e outros materiais incendiados.

Segundo informações preliminares, a população estaria insatisfeita com a prisão de três jovens da comunidade.Em um vídeo dos vídeos divulgados, é possível ver os manifestantes sendo afastados do local do ato por PMs do 16º BPM (Olaria). Os policiais integravam equipes que realizam a ação nas comunidades da Tinta, Quitungo e Guaporé com o objetivo de "coibir movimentações criminosas e roubo de veículos na região".

Os registros compartilhados mostram um grupo de pessoas gritando para os policiais. "Já deram tiro para o alto. Estão oprimindo o morador", diz uma das pessoas. Em seguida, uma mulher grita: "É o segundo morador que vocês levaram. (...) tudo comprado, tudo comprado", gritou.

Em outro trecho, uma mulher grita "sobe a Alta", em referência a favela Cidade Alta, em Cordovil, que é vizinha às comunidades de Brás de Pina e atualmente controlada por traficantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP). O grupo é liderado pelo traficante Alvaro Malaquias, o Peixão, e vive em conflito com a milícia que atua no Quitungo desde 2016.  
Segundo informações preliminares, a população estaria insatisfeita com as recentes ações da PM na região, onde só nesta quinta-feira teriam sido levados dois jovens.

Em nota, a PM não confirmou nenhuma prisão. A corporação informa apenas que foi acionada para a manifestação e, durante o deslocamento, receberam a informação de que homens armados teriam sequestrado umônibus para incendiar o veículo e bloquear a via onde o protesto era realizado. Os bandidos foram surpreendidos pela viatura e fugiram para dentro da comunidade antes de concluir a ação.

"No momento, o terreno foi estabilizado e o policiamento segue reforçado no local.", finaliza comunicado da corporação.