Ministro Teori Zavascki era relator da Lava Jato - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Ministro Teori Zavascki era relator da Lava JatoMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Brasília - O diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia e o delegado da PF Rubens Maleiner, que preside o inquérito sobre o acidente, se encontraram, nesta quarta-feira, com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, para apresentar o andamento das investigações sobre o acidente aério que matou o ministro Teori Zavascki e outras quatro pessoas, em janeiro de 2017.

Embora a investigação não esteja concluída, já se pode descartar as hipóteses de ato intencional ou sabotagem ao avião que levava o ministro relator da Lava Jato. O delegado acrescentou que a apuração está em estágio bastante avançado.

"A possibilidade de um ato intencional contra aquele voo foi bastante explorada, em diversos exames periciais, e nenhum elemento nesse sentido foi encontrado", disse o delegado. Para fechar a conclusão da causa do acidente, Maleiner afirmou que são necessárias mais algumas perícias.

Quando questionado se a hipótese mais provavél para a queda seria a de falha humana, o delegado apenas afirmou que estão avançando. "Existe um conjunto de fatores que podem ter levado àquele desfecho, que dizem respeito a condições meteorológicas, trajetórias e alturas desempenhadas pelo piloto naquela tentativa de aproximação para Paraty, e a condição de voo pelo visual e pela questão instrumental", completou.

O caso é investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica (Cenipa) e pela Polícia Federal de Andra dos Reis.

Maleiner explicou, nesta quarta-feira, que as duas linhas de investigações tendem a ser independentes "ao máximo". "A Cenipa tem fins exclusivamente preventivos, já a da PF tem um fim de elucidação do fato para investigar eventuais condutas de pessoas que possam ser apontadas como responsáveis por aquele resultado", disse.

Entenda o acidente

A aeronave prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90, decolou às 13h01 do Campo de Marte, em São Paulo, e a Marinha foi informada da queda às 13h45. O avião caiu perto da Ilha Rasa, em Paraty (RJ), a 2 km da cabeceira da pista do aeroporto onde pousaria.

Além do ministro Teori, morreram no acidente o empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono da avião, o piloto Osmar Rodrigues, a massoterapeuta Maíra Panas e sua mãe, Maria Hilda Panas Helatczuk.

 

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