São Paulo - O clima de tensão que se instalou na frente da casa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, já fez a Polícia agir em vários momentos para interromper e evitar confrontos usando, inclusive, spray de pimenta. Por volta das 9h45, manifestantes pró e contra Lula entraram em confronto na porta do prédio. A polícia interveio e separou os grupos.
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Desde o início da manhã desta sexta-feira, apoiadores do ex-presidente estão na Avenida Francisco Prestes Maia para mostrar apoio a Lula, que hoje é alvo de operação da Lava Jato.
O acesso ao local está parcialmente bloqueado, mas a tensão aumenta cada vez que um morador ou transeunte que passa no local grita palavras de ordem contra Lula ou o PT.
"Vim apoiar o presidente porque há uma tentativa de impedir que ele seja presidente me 2018", disse Moisés Selerges, 50 anos, funcionário da Mercedes Benz e filiado ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Segundo ele, a mobilização dos apoiadores foi feita pelo sindicato, que telefonou para casa dos manifestantes.
Protesto contra Lula em Congonhas
Dezenas de pessoas se concentram em frente ao Pavilhão de Autoridades para protestar conta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-aeroviário André Colosimo, atualmente desempregado, foi o primeiro a chegar ao local. Ele carrega bonecos infláveis de Lula e da presidente Dilma Rousseff, e usa uma máscara do policial federal Newton Ishii.
Há instantes, na sequência, outras pessoas chegaram ao local, de posse de cartazes em favor do juiz Sérgio Moro e entoando gritos contra o ex-presidente Lula. No grupo está a ex-procuradora do Distrito Federal, Beatriz Kicis, que disse ter se aposentado há um mês e meio para criar o Instituto Resgata Brasil.
"Estou aqui para soltar a voz de alegria pelo fato de o Lula estar depondo", disse. "Também estou aqui para dar força ao juiz Sérgio Moro", complementou Beatriz, para em seguida convocar a população para ocupar as ruas no próximo dia 13.
Apesar da presença do grupo em frente ao Pavilhão de Autoridades, localizado ao lado do Aeroporto de Congonhas, o clima no local é de tranquilidade. Os manifestantes incitam motoristas que passam no local a buzinarem como forma de protesto ao ex-presidente.