Por rafael.souza

Brasília - A presidenta Dilma Rousseff deu posse na manhã desta quinta-feira ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como novo ministro-chefe da Casa Civil. Ela também deu posse a Jaques Wagner como ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República e a Eugênio José Guilherme de Aragão, como novo ministro da Justiça. A cerimônia foi marcada por manifestações contrárias e de apoio ao governo.

Presidente Dilma ao lado do novo ministro da Casa CivilReprodução Twitter

Lula assume o ministério sob forte onda de protestos, que levou milhares de pessoas às ruas de cidades de todo o país na noite de ontem e foram destaque na mídia internacional.

Como ministro, ele ganha foro privilegiado para responder pelos processos judiciais e pelo pedido de prisão preventiva por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Ou seja, aceitando o cargo, ele será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), saindo do âmbito do juiz Sérgio Moro. Além disso, um eventual processo ganharia celeridade.

"A gritaria dos golpistas não vai me tirar do rumo", afirma Dilma

Um dia depois da divulgação de grampos telefônicos que levaram milhares de pessoas às ruas pedindo o impeachent de Dilma Rousseff, a presidente da República afirmou em discurso que "a gritaria dos golpistas não vai me tirar o rumo", nesta quinta, na cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.

Protesto

Manifestantes pró e contra governo se concentram nas proximidades do Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira.

Um grupo vestido de verde e amarelo tentou carregar uma faixa com "Somos todos Moro" próximo ao local onde um grande grupo vestido de vermelho entoava gritos de guerra. Depois de provocações de ambos os lados e da polícia tentar impedir o conflito, dois grupos menores entraram em choque e trocaram socos e bandeiradas. A policia precisou usar spray de pimenta e cassetetes para dispersar a briga.

A PM tentava separar os dois grupos%2C deixando os apoiadores do governo em frente ao Palácio do Planalto e os contrários em frente ao CongressoReprodução Twitter

A PM tentava separar os dois grupos, deixando os apoiadores do governo em frente ao Palácio do Planalto e os contrários em frente ao Congresso. Os dois grupos, no entanto, têm se provocado a cada instante e a polícia organizou um cordão de isolamento com mais de 20 soldados para impedir mais conflitos.

Já estão nas proximidades do Palácio do Planalto local pelo menos cinco ônibus da polícia e pelo menos 15 viaturas. No início da Esplanada dos Ministérios, distante cerca de mil metros do Palácio, mais de dez veículos com policiais militares estão de prontidão. A PM ainda não tem um levantamento de quantas pessoas participam dos protestos.

Policiais militares reforçam segurança em frente ao Congresso Nacional

Dezenas de manifestantes contrários a posse do ex-presidente Luiz Inácio da Silva como ministro-chefe da Casa Civil cruzam o gramado do Congresso Nacional neste momento em direção ao Palácio do Planalto, onde também há um grupo a favor da posse.

Os manifestantes contrários a nomeação de Lula estão em sua maioria vestidos e preto ou de amarelo. A segurança em frente a Câmara e ao Senado foi reforçada por policiais militares que impedem o acesso de manifestantes aos prédios.

 

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