Por felipe.martins

Brasília - Em meio à intensificação da movimentação entre os partidos da base aliada pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Michel Temer, passou a virar ponto de encontro de políticos pró-impeachment.

Na terça-feira, dia em que o PP decidiu desembarcar do governo, integrantes da legenda participaram de encontro no Jaburu que também contou com a presença de representantes do PR, PSD e do PMDB, partido liderado por Temer.

“Muitos deputados estavam lá. Foi feita uma verdadeira romaria. Teve até congestionamento para entrar, uma loucura. Parecia que tinham combinado para fazer um comício lá”, afirmou ao jornal ‘O Estado de S. Paulo’ o deputado José Priante (PMDB-PA).

Às vésperas da votação do impeachment%2C políticos fazem fila para entrar no Jaburu e conversar com Temer Efe

O parlamentar foi ao local acompanhado do líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), que na véspera, logo após a comissão especial da Câmara aprovar o processo de impeachment, já havia se reunido com Temer. Na ocasião, Picciani acertou com o vice de liberar a bancada no dia da votação do processo de afastamento de Dilma, no próximo domingo.

A liberação da bancada significa que o partido na Câmara não se posicionará nem contra nem a favor do afastamento de Dilma. Essa “neutralidade” do líder é considerada, porém, como um enfraquecimento da estratégia do Planalto de barrar o impeachment, uma vez que sem uma orientação de bancada a favor do governo, os deputados poderão votar como quiserem no plenário sem correrem o risco de serem alvo de alguma penalidade.

Após o encontro com Picciani e Priante, ocorrido no início da noite de terça-feira, Temer se reuniu com um pequeno grupo de deputados do PMDB ainda indecisos. “Foi uma palavra para todos, diante da possibilidade concreta de acontecer o desfecho do impeachment. Ele está preocupado com a unidade do partido”, disse Priante.

Você pode gostar