Por rafael.nascimento

São Paulo - Os Jogos Olímpicos no Brasil estão chegando e a principal preocupação de todos continua sendo a segurança. Para evitar qualquer tipo de surpresa, cerca de 60 militares das Forças Armadas de São Paulo realizaram, na madrugada desta quarta-feira, uma simulação de um ataque terrorista na estação Paraíso do Metrô.

Com mais de 200 mil pessoas transitando diariamente no local, a estação é uma das alternativas para quem assistirá uma das dez partidas do torneio de futebol olímpico na Arena Corinthians, na Zona Leste da capital. Com cerca de 100 militares das Forças Armadas de São Paulo e Goiânia, a primeira etapa do treinamento começou por volta de 1 da manhã e foi uma encenação sem luz na estação, com os militares utilizando equipamentos para enxergar nestas condições. Mais tarde, por volta das 3 horas, a simulação foi de um resgate de reféns no vagão de um trem do Metrô.

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No Rio, ação simulou um possível ataque terrorista com explosão de uma bomba e contou com a participação de vários figurantesFoto%3A Sandro Vox / Agência O Dia

Além disso, no roteiro planejado pelas Forças Armadas, houve encenação de troca de tiros e até mesmo uso de bombas. Ao final da cena, três terroristas foram "mortos" e todos os reféns, representados por figurantes, foram resgatados com vida.

Essa não é a primeira vez que as Forças Armadas fazem uma simulação em estações do Metrô de São Paulo. No mês de maio, ação semelhante foi registrada no Butantã.

Simulação no Rio de Janeiro

Faltando 17 dias para o início dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a segurança vem sendo testando em simulações de forma exaustiva. No último domingo, a região do Maracanã foi interditada durante a parte da manhã, dessa terça-feira, para simular como será feito no dia da abertura dos Jogos. Na terça, outras simulações ocorreram em alguns pontos da cidade.

Na estação de metrô do Maracanã, a ação contra a ameaça terrorista foi desencadeada por integrantes das Forças Especiais da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea. O treinamento se desenvolveu com o acesso de um suspeito armado que feriu dois funcionários da Concessionária e fez outros quatro reféns em uma composição. No desfecho do exercício, equipes especializadas em antiterrorismo retomaram a composição usando táticas de incursão e tiro seletivo. O treinamento envolveu 120 profissionais das Forças Armadas e do MetrôRio.

No Aterro do Flamengo, cerca de mil fuzileiros navais participaram do treinamento. Na simulação, soldados chegaram em duas embarcações para conter um suposto tumulto devido a um protesto violento no Monumento aos Pracinhas. Os militares também simularam o resgate de helicóptero, que partiu do Aeroporto Santos Dumont, de um ferido na suposta manifestação. O contra-almirante Ricardo dos Santos Pilar considerou o treinamento positivo. "Treinamos o envio de tropas de reforço para conter um tumulto. As embarcações com 80 homens e a de veículos chegarão num tempo razoável, de 1h30, vindas da Ilha do Governador.", disse o oficial.

Segundo o contra-almirante, cerca de seis mil militares da Marinha estarão, a partir do próximo dia 24 envolvidos na segurança da cidade, sendo 4.500 fuzileiros navais, que vão ajudar no patrulhamento na orla do Rio e na Baía de Guanabara.

No Sambódromo, bombeiros também fizeram um exercício simulado de salvamento, local que receberá provas de tiro com arco e a largada e chegada da maratona. A simulação contou com 500 participantes. Essa é a última etapa de um curso de salvamento em grandes eventos que os Bombeiros estão fazendo para se preparar para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. O treinamento tem como objetivo deixar o efetivo preparado para situações de risco ou catástrofe. Também participavam da simulação equipes médicas, equipes de resgate e equipes de apoio.

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