Por gabriela.mattos
DilmaAgência Brasil

Brasília - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontrou novos indícios de irregularidades nas contas de empresa que prestou serviço para a campanha de reeleição da presidente afastada Dilma Rousseff em 2014. O presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, enviou as informações para compor a ação que trata da prestação de contas da petista no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os novos detalhes envolvem a DCO Informática, contratada para disparar mensagens para celulares via WhatsApp na campanha. A empresa tem sede na cidade mineira de Uberlândia e recebeu R$ 4,8 milhões pelo serviço, em quatro repasses feitos ao longo de uma semana em outubro de 2014.

“O estabelecimento não possui identificação na fachada e aparentemente também funciona como residência, mas não tivemos acesso”, aponta o relatório da Secretaria de Finanças de Uberlândia feito a pedido de Gilmar. Além disso, a empresa possui apenas um servidor, um notebook e três funcionários sem carteira.

O TSE aprovou em 2014 as contas da campanha de Dilma, mas Gilmar, relator da prestação feita pela presidente afastada, determinou que as investigações continuassem. Gilmar utiliza dados da Lava Jato para dizer que a campanha foi financiada com recursos da Petrobras.

Dilma nega qualquer irregularidade. “Contribuições e despesas da campanha de 2014 foram apresentadas ao TSE, que aprovou as contas”, diz nota assinada por Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma.

Dilma empurra para o PT

Dilma disse ontem que os supostos pagamentos ilegais referentes à sua campanha presidencial de 2010, recebidos pelo publicitário João Santana e a mulher, Mônica Moura, via caixa 2, devem ser explicados pela tesouraria do PT, e não por sua coordenação de campanha à época.

Na semana passada, João Santana e Mônica Moura confirmaram, em depoimento ao juiz Sérgio Moro, terem recebido, em 2013, U$ 4,5 milhões referentes a dívidas da campanha de 2010 de Dilma, por meio de conta do empresário Zwi Skornicki na Suíça. O casal de publicitários está preso desde fevereiro.

“Não é a mim que você deve perguntar isso. Como o próprio João Santana falou, ele tratou disso com a tesouraria do PT”, respondeu Dilma ao ser questionada sobre o assunto, em entrevista à Rádio Educadora, de Uberlândia (MG).

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