Brasília - Em meio às articulações para as eleições para o comando da Câmara e do Senado, o presidente Michel Temer afirmou ontem, através de seu porta-voz Alexandre Parola, que não vai se envolver diretamente na disputa. A eleição no Congresso está marcada para fevereiro de 2017 e algumas candidaturas já começaram a ser discutidas por parlamentares.
Com medo de um racha em sua base aliada e o aumento na dificuldade para aprovar as reformas do governo, Temer escalou o seu porta-voz para afirmar que "à semelhança do que aconteceu nas eleições municipais, em que não interveio em nenhuma das disputas eleitorais, o presidente manterá a conduta de não envolvimento no processo de escolha e eleição das futuras presidências do Senado Federal e da Câmara".
Segundo o comunicado do porta-voz do Palácio do Planalto, o presidente sabe que tem "uma ampla base parlamentar" e que precisa manter o apoio de deputados e senadores para conseguir aprovar no Congresso as matérias que propõe.
Nos bastidores, porém, Temer tem demonstrado simpatia pela ideia do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), concorrer à reeleição e tem interesse direto que o líder do seu partido no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), chegue à presidência do Congresso em fevereiro