Rio - A ex-presidente Dilma Rousseff admitiu que errou ao promover uma ampla desoneração fiscal no País. Em Genebra, Suíça, para participar de debates e seminários, a brasileira foi questionada se era capaz de assumir erros e se estava arrependida de alguma decisão que tomou enquanto foi presidente do Brasil.
“Eu acreditava que, se diminuísse impostos, teria aumento de investimentos”, disse. “Eu diminuí. E me arrependo disso. No lugar de investir, eles (os setores desonerados) aumentaram a margem de lucro”.
‘NÃO SOBRA UM’
Durante um festival de cinema em Genebra, Dilma afirmou não ter negociado, nem pedido ou recebido propina ou recurso ilegal na campanha de 2014, quando disputou a reeleição com o então vice e hoje presidente Michel Temer.
Segundo ela, as delações da Odebrecht mudam o cenário político. “Duvido que vão continuar chamando o PT de corrupto. Sabe por quê? Porque não sobra ninguém nos outros.”
O PSDB moveu ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a chapa Dilma-Temer sob a acusação de abuso de poder econômico e político. Marcelo Odebrecht, em depoimento ao TSE, afirmou que a presidente cassada tinha conhecimento de caixa 2 na campanha.