Paraná - O ex-deputado federal Eduardo Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão, nesta quinta-feira, pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde são julgados os processos da Operação Lava Jato na primeira instância.
O ex-presidente da Câmara, que está preso desde 19 de outubro do ano passado, foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão fraudulenta de divisas. O Ministério Púlblico Federal (MPF) acusa o parlamentar cassado de solicitar e receber vantagem indevida no contrato de exploração de petróleo da Petrobras em Benin, na África.
No começo da semana, a defesa de Eduardo Cunha entrou com habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar a libertação do ex-deputado, que atualmente está detido no Complexo Médico-Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Cunha já teve ao menos outros três pedidos de liberdade rejeitados no Supremo, que não chegou a julgar o mérito dos habeas corpus por erros processuais.
A acusação
Os valores da propina a Cunha teriam saído da compra, pela Petrobras, de 50% dos direitos de exploração de um campo de petróleo em Benin, na África, no valor de US$ 34,5 milhões. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.
Segundo a sentença, "a prática do crime corrupção envolveu o recebimento de cerca de US$ 1,5 milhão, considerando apenas a parte por ele recebida, o que é um valor bastante expressivo, atualmente de cerca de R$ 4.643.550,00". O prejuízo estima à Petrobras, pela compra do campo de petróleo, afirmou Moro, é de cerca de US$ 77,5 milhões, segundo a Comissão Interna de Apuração da estatal.
Com informações da Agência Estado