São Paulo - Quatro homens armados com fuzis e pistolas dominaram um vigia, invadiram a unidade da empresa Pilar Química do Brasil, em Salto de Pirapora (SP), na noite de quinta-feira, e roubaram três toneladas de explosivos. Outros três funcionários foram dominados e obrigados a transferir a carga, 124 caixas, para um caminhão-baú levado pela quadrilha. A dinamite levada é suficiente para explodir dez mil caixas eletrônicos, segundo um oficial especialista em explosivos do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar.
Oficiais do Exército, responsável pela fiscalização da comercialização e do transporte de explosivos, estiveram na empresa. O coronel Igor Boechat, chefe da seção de Comunicação Social do Comando Militar do Sudeste, disse que o Exército ajudará na busca pela carga de dinamite, que é uma das maiores já roubadas no país. "Uma quantidade tão grande pode causar muito estrago, mas também é mais difícil de esconder. Vamos colaborar com os órgãos da segurança pública para tentar reaver os explosivos."
Segundo ele, em casos anteriores, houve evidências de que a dinamite foi parar nas mãos de quadrilhas de roubos a banco e empresas de valores. Só este ano, o Exército fez cinco operações para prevenir e reprimir os crimes envolvendo explosivos, em conjunto com o estado.
Esse foi o segundo roubo de explosivos no interior paulista em menos de uma semana. No domingo, quadrilha invadiu uma mineradora em Santa Rosa do Viterbo e fugiu levando 50 quilos de dinamite. Em abril, criminosos roubaram um caminhão com 260 quilos de dinamite, em Nazaré Paulista, também no interior de São Paulo.