São Paulo - O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência do Brasil, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira que o pleito do ano que vem será diferente do anterior, pois não contará com o fator da reeleição, o que, segundo ele, "dá muita vantagem para quem está no cargo".
O governador considera "muito difícil" um presidente não ser reeleito, mas, que no caso do atual, Michel Temer, a dificuldade é que ele não foi eleito e, portanto, não teria vantagem desta vez. "O presidente Temer tem direito de se reeleger, mas tem uma dificuldade, ele não foi eleito", avaliou durante debate promovido pelo jornal "O Globo", no Rio de Janeiro.
Ele argumenta que também assumiu sem votos durante o governo Mario Covas, quando este faleceu, e que mesmo assim sentiu a diferença em relação às eleições em que foi eleito pelo voto. "A democracia tem essa lógica da legitimidade, quando você é eleito, até quando você erra, você corrige ali na frente. O voto faz falta no regime democrático", explicou.
Alckmin elogiou a entrada de nomes novos na política e confirmou que considera positiva uma eventual candidatura do apresentador Luciano Huck ao cargo máximo na nação. "É importante trazer gente nova, revitalizar", afirmou.
O governador disse ainda não se perturbar com as pesquisas de intenção de voto que apontam a polarização neste momento entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o deputado federal Jair Bolsonaro. "Eu não me impressiono com pesquisa um ano antes porque os argumentos não começaram e isso é assim historicamente Eleição se define mais perto do período eleitoral", declarou. "A pesquisa agora tem valor estatístico e não político."