Fernando Azevedo e Silva trabalhava como assessor especial do presidente do Supremo STF, Dias Toffoli - Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fernando Azevedo e Silva trabalhava como assessor especial do presidente do Supremo STF, Dias ToffoliMarcelo Camargo/Agência Brasil
Por O Dia

Brasília - O general de Exército Fernando Azevedo assumiu o Ministério da Defesa. Ele foi empossado nesta terça-feira pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e recebeu a chefia da pasta durante cerimônia de transmissão de cargo realizada na tarde desta quarta-feira, em Brasília. O novo ministro entra no lugar do general Joaquim Silva e Luna.

Fernando Azevedo será o 12º ministro a comandar o Ministério da Defesa desde a criação da pasta, em 1999. O ministro nasceu no Rio de Janeiro e passou para a patente de general de Exército em 2014. Dentro da corporação, Azevedo comandou as operações do Exército na missão das Nações Unidas no Haiti.

Antes de ser convidado pelo presidente Bolsonaro para assumir o cargo, o novo ministro trabalhava como assessor especial do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli.

O novo ministro da Defesa afirmou que trabalhará em prol da estabilidade nacional, durante sua cerimônia de transmissão do cargo, a que compareceram o presidente da República, Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. "Sinalizo a disposição de atuar como catalisador da estabilidade nacional que o País tanto precisa", disse Azevedo e Silva.

Azevedo e Silva disse que assume em "tempos difíceis e de escassez" e que o ministério vai atuar para manter a paz e a harmonia social, trabalhando para "minimizar hostilidades e evitar conflitos e eventuais aventuras". Segundo ele, o ministério pautará sua atuação na Constituição Federal de 1988.

O novo ministro destacou o histórico militar e desportista de Bolsonaro e se disse honrado em participar da posse presidencial ontem. "Primeiro presidente do Brasil formado na Academia Militar das Agulhas Negras", afirmou o ministro.

O presidente participou da transmissão do cargo ao novo ministro da Defesa e dos comandantes das três Forças Armadas. Bolsonaro estava acompanhado do vice-presidente Hamilton Mourão e de Dias Toffoli, a quem o novo ministro da Defesa assessorou por alguns meses.

Os novos comandantes das Forças Armadas são o general de exército Edson Pujol (Exército), o almirante de esquadra Ilques Barbosa Junior (Marinha) e o tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica).

O chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas passa a ser o tenente-brigadeiro do ar Raul Botelho. E o secretário geral do Ministério da Defesa, o almirante Ganier Santos.

O salão do Clube do Exército ficou lotado de convidados, representantes de embaixadas, parlamentares, diplomatas e adidos militares acreditados junto ao País, ex-ministros do governo Michel Temer, chefes dos tribunais superiores e regionais, sobretudo da Justiça Militar.

O ministro Joaquim Silva e Luna, general antecessor no cargo, indicado pelo ex-presidente Michel Temer, disse que as Forças Armadas "nunca se perderam" e, num longo discurso, afirmou que os pilares do militarismo são "a responsabilidade, tradição, família, pátria e história". Ele ainda disse que viu várias instituições serem devastadas pela tecnologia, pela ideologia e pela falta de Deus. "As Forças Armadas se mantêm de pé, enquanto o tempo verga o que é frágil", afirmou o general da reserva, ao se despedir. Ele disse que entrega ao sucessor as três forças fortes, coesas e determinadas: "Entrego um time forte, uma seleção da Copa de 1970, de amigos".

O ex-ministro disse que deixa o ministério em "mãos melhores que as minhas para condução superior das Forças Armadas, nesses tempos de reconstrução". O presidente Jair Bolsonaro disse que pretende aproveitar a expertise do ex-ministro no novo governo: "Esse não vai botar o pijama, não".

 

* Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo

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