Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves afirmou que há corrupção na Funai e na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) - Reprodução Youtube
Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves afirmou que há corrupção na Funai e na Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai)Reprodução Youtube
Por O Dia

Rio - A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, disse que não se arrepende da declaração que deu assim que assumiu o cargo. Em vídeo que circulou nas redes sociais nesta quinta-feira a advogada e pastora evangélica comemora a "nova era" no Brasil em que "menino veste azul e menina veste rosa", sendo aplaudida pelo público presente. Na cerimônia, Damares ressaltou que "menina será princesa e menino será príncipe".

Celebridades se manifestam a respeito da declaração da ministra Damares Alves.

Ela voltou a dizer que a fala foi uma metáfora contra o que ela chama de 'ideologia de gênero'. "Foi uma metáfora. Nós temos no Brasil o 'Outubro Rosa', que diz respeito ao câncer de mama com mulheres, temos o 'Novembro Azul', que é com relação ao câncer de próstata com o homem. Então quando eu disse que menina veste cor de rosa e menino veste azul, é que nós vamos estar respeitando a identidade biológica das crianças", disse em entrevista ao canal de assinatura Globonews

 

Perguntada sobre as configurações de família que considera válida, a ministra, que é ex-assessora do senador Magno Malta , aliado de Bolsonaro, disse que a populaçao LGBTI não sofrerá perda de direitos durante seu mandato. "Os homossexuais já podem adotar, e nós não queremos mudar isso. Nenhum direito adquirido vai ser violado pelo governo Bolsonaro, que isso fique claro. O homossexual já pode adotar uma criança. Qualquer pessoa acima dos 21 anos pode, desde que tenha 16 anos de diferença do adotante para o adotado, então isso é direito adquirido", disse.

Ela também comentou a Medida Provisória assinada por Bolsonaro que não elenca a comunidade LGBTI como parte das políticas e diretrizes destinadas à promoção dos direitos humanos. Damares Alves afirmou que o assunto ficará com a Secretaria Nacional de Proteção Global, e que houve apenas uma mudança de nome.

"A MP trouxe oito secretarias, entre elas, a Secretaria de Proteção Global, e hoje foi publicado o decreto que detalha o que tem em cada secretaria. Está lá mantida a diretoria da proteção à comunidade LGBT, não foi mexida em nada. Nós tivemos uma reunião durante a transição, com a comunidade LGBT, e a diretoria destinada à comunidade LGBT vai focar no combate à violência contra a comunidade LGBTI. Então, ela está lá, inclusive com os mesmos funcionários, ela só mudou o nome", disse.

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