o ministro da Justiça, Sergio Moro, prestou esclarecimentos em audiência na Câmara dos Deputados - Reprodução/ TV Câmara
o ministro da Justiça, Sergio Moro, prestou esclarecimentos em audiência na Câmara dos DeputadosReprodução/ TV Câmara
Por O Dia
Brasília - Começou por volta das 14h20 a reunião na Câmara dos Deputados para ouvir o ministro da Justiça, Sergio Moro. Três comissões realizam a audiência: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ); de Trabalho, Administração e Serviço Púbico; de Direitos Humanos e Minorias.

Os deputados querem esclarecimentos sobre o conteúdo revelado pelo site de notícias The Intercept Brasil, que trouxe mensagens supostamente trocadas entre Moro, então juiz federal, e o coordenador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Deltan Dallagnol. Além de mensagens entre outros procuradores membros da força-tarefa.
Assista:


Fila de inscrição
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Desde o início da manhã, deputados fizeram fila para se inscrever e falar na reunião com Moro. Mais de 70 parlamentares se inscreveram. Porém, o presidente da comissão, deputado Felipe Francischini (PSL-PR), afirmou que a inscrição oficial só começou às 13h30.

O ministro deveria ter comparecido à Câmara no último dia 26 para dar esses esclarecimentos, mas cancelou a audiência porque estava nos Estados Unidos, o que revoltou o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Helder Salomão (PT-ES).

Em audiência pública realizada na Comissão de Direitos Humanos, o fundador do Intercept, o jornalista Glenn Greenwald, afirmou que houve conluio entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores que atuam na Lava Jato. Para ele, as mensagens vazadas apontam parcialidade nas decisões do então juiz. A deputada Carla Zambelli (PSL-SP), no entanto, defendeu o ministro. Ela afirmou que os documentos vazados eram resultado de crime de hackeamento e que as conversas não eram autênticas.

O ministro da Justiça e os procuradores da Lava Jato negaram irregularidade nas conversas e duvidaram do conteúdo das mensagens. Moro afirmou ainda que o conteúdo tem origem ilícita.

No domingo, diferentes cidades do país realizaram manifestações de apoio a Moro e à Lava Jato.