De acordo com Leonam, delegado do caso em Alagoas, tudo começou com um post que as proprietárias veicularam na rede social da ONG, alegando um suposto assalto seguido de agressão dentro do espaço de acolhimento aos animais. O perfil, que tem um 1,5 milhão de seguidores, chamou a atenção dos investigadores. Ao DIA, Leonam disse ter ficado estarrecido com a situação e resolveu se debruçar sobre o caso. No decorrer das investigações, o delegado descobriu que o boletim de ocorrências postado pelas proprietárias era falso, inclusive o depoimento de uma delas sobre a agressão. "A mulher se autoflagelou, para dar mais 'credibilidade' ao relato e conseguir dinheiro dos internautas", afirmou o delegado.
Após a descoberta da falsidade do boletim de ocorrência, o delegado foi até a sede da ONG, que fica no bairro do Jaraguá e teve a suspeita concretizada — não houve crime e, sim, fraude. O local está abandonado, sem estruturas e não tem animais. As proprietárias serão responsabilizadas pelos crimes de estelionato, comunicação falsa de crime, associação criminosa e alguns crimes ambientais.