Milhares iranianos acompanharam a chegada do corpo de Suleimani  - AFP
Milhares iranianos acompanharam a chegada do corpo de Suleimani AFP
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Sob clima tenso, o Parlamento do Iraque aprovou ontem a expulsão das tropas dos EUA no país, depois que um ataque aéreo matou o principal líder militar do Irã. Milícias apoiadas pelos iranianos no Iraque exigiram a votação da possível retirada dos militares. Os parlamentares gritaram: "América fora! Bagdá permanece livre!". A implementação ainda depende de decisão da presidência do país.

Ontem, seis foguetes atingiram regiões do Iraque. Três caíram na Zona Verde de Bagdá, área fortificada que abriga a Embaixada dos EUA. Outros três atingiram o bairro de Jadryia. No sábado, as duas regiões foram bombardeadas, além de uma base aérea de Balad, a 80 km de Bagdá, que abriga forças dos EUA.

O presidente Donald Trump voltou a ameaçar o Irã de ataques caso tente se vingar da morte do general Soleimani. No Twitter, garantiu que revidará "talvez de forma desproporcional" caso algum americano seja atingido. Ontem, mais cedo, postou que a promessa for cumprida a resposta militar será "rápida e forte", contra 52 alvos iranianos.

PAPA PEDE COMEDIMENTO

Sem citar EUA e Irã, o Papa Francisco pediu durante missa ontem diálogo e comedimento às tensões no Oriente Médio. "Peço a todos os lados que mantenham a chama do diálogo e do comedimento e afastem a sombra da hostilidade", disse Francisco. "A guerra só traz morte e destruição."

O Irã anunciou ontem que acabou com restrições ao desenvolvimento do programa nuclear, incluindo a retomada ilimitada do enriquecimento de urânio. Em meio a uma multidão, o corpo do general Qassim Suleimani chegou a Teerã, vindo de Bagdá. Após o ataque, Soleimani só foi identificado devido a um anel que usava na mão esquerda.

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