A campanha já foi lançada em alguns Estados do país, como Ceará, Bahia Goiás e Rio Grande do Sul, ainda no ano passado. Durante os eventos estaduais, foram plantadas as primeiras mudas nos assentamentos de atuação do MST.
Embate
Na Bahia, o reflorestamento também é um posicionamento contra os grandes monocultivos da região. A campanha se baseia em um estudo publicado pelo Movimento Mundial pelas Floresta Topicais (MRN), e assinado por Ivonete Gonçalves Souza, mestre em Saúde Pública, para questionar os meios de produzir eucalipto no Estado.
Segundo a especialista, o monocultivo de eucalipto para a produção de celulose abriga, sem transparência, a utilização de agrotóxicos. Multinacionais dessa área atuam no Extremo Sul, Sudoeste, Sul, Baixo Sul, Oeste e Recôncavo da Bahia.
“No Brasil, os agrotóxicos dialogam com o Plano de Metas do governo brasileiro da época pós-2ª Guerra Mundial que, com ‘auxílio’ dos Estados Unidos, incluiu a modernização da agricultura, por exemplo, a fabricação de tratores dentro da meta da indústria automobilística, e os agrotóxicos como meta das indústrias de base, visto que as metas deveriam ser definidas e implementadas em estreita harmonia entre si, para que os investimentos em determinados setores pudessem refletir-se positivamente na dinâmica dos outros”, diz trecho do estudo.
Organização
Ao longo do ano, o MST espera firmar parcerias com prefeituras e governos estaduais para ampliar o projeto. Um conselho com professores, ONGs e técnicos também está nos planos.