![O ex-ministro Abraham Weintraub - Marcelo Camargo/Agência Brasil](https://odia.ig.com.br/_midias/jpg/2020/06/18/1140x632/1__educacao_abraham_weintraub_comissao_de_educacao_cultura_e_esporte_do_senado1102209505_0-17782414.jpg)
Contarato solicita que uma medida cautelar proibindo Weintraub de fazer viagens ao exterior seja lançada no sistema de tráfego internacional e que seu passaporte seja recolhido pelas autoridades. O pedido veio após o ministro recém-demitido anunciar, nas redes sociais, que está de saída do País.
Amigo dos filhos do presidente, o ministro vinha resistindo no cargo nos últimos meses por manter o apoio da ala ideológica do governo, da qual fazia parte. Bolsonaro relutava em demiti-lo para não desagradar a parte mais ruidosa do seu eleitorado, mas a pressão pela exoneração, iniciada com críticas na comunidade acadêmica e nos meios estudantil e político, aumentou após a escalada de tensão entre o Planalto e o STF - que teve como um dos pivôs o próprio Weintraub. A saída do ministro foi lida como um gesto de trégua do governo.
Na reunião ministerial de 22 de abril, a portas fechadas com a cúpula governista, o então ministro da Educação chama os integrantes do Supremo de 'vagabundos' e pede sua prisão. A declaração lhe rendeu a inclusão como investigado no inquérito das fake news.
Além disso, o ministro demissionário é investigado por racismo em razão de um tuíte no qual insinuou que a China vai sair fortalecida da crise causada pelo coronavírus, apoiada por seus 'aliados no Brasil'.