O texto aponta ainda os momentos em que o presidente Bolsonaro minimizou os perigos da doença, ao chamá-la de "gripezinha" e ao criticar governadores que tentaram evitar a disseminação do vírus, além das dificuldades do Ministério da Saúde em conseguir acordos por vacinas que já começaram a ser ministradas em países como Reino Unido e EUA, exatamente pela falta de um planejamento prévio.
Outro ponto abordado é a batalha de Bolsonaro contra a "vacina chinesa" desenvolvida pela Sinovac e que conta com o apoio de João Doria, governador de São Paulo e rival político do presidente. Apostando apenas no imunizante desenvolvido pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, e que está atrasado no comparativo com outras vacinas, o Brasil acabou perdendo a chance de iniciar uma campanha de vacinação em massa.
Por fim, ainda de acordo com a publicação, quando os esforços para a aquisição de vacinas for superado, ainda haverá um problema a ser enfrentado: o crescimento de grupos antivacinas , que recebe o "apoio" de Bolsonaro sempre que declarações contrárias ao processo obrigatório de vacinação são proferidas por ele. "Isso encoraja os "antivaxxers" a se apresentarem antes do que deveriam. Eles têm poder e falam alto", finaliza a doutora Garrett.