O grupo teria atuado entre 2019 e 2020, de acordo com as investigações, que apuram os cinco acidentes, cada um envolvendo dois veículos. Entre os carros destruídos estavam três BMW's, um Porsche e um Chrysler, além de uma lancha incendiada, que foi avaliada em RS$750 mil. As simulações de acidente ocorreram, principalmente, no Setor de Clubes Esportivos Sul e na rodovia DF-140, nas proximidades do Complexo da Papuda, sempre durante a madrugada.
Os suspeitos adquiriam os automóveis de luxo em leilões, por um valor abaixo do mercado. Depois, simulavam a venda do automóvel para um comparsa, por um preço mais alto, usando uma empresa fantasma. Após a venda falsa, o grupo contratava seguros novos, com valor de indenização correspondente à Tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que era superior ao valor de compra e, então, forjava os acidentes.
"Para dificultar a investigação, os registros dos acidentes eram feitos na Delegacia Eletrônica e os criminosos se revezavam na condição de condutor, segurado (contratante), terceiro envolvido e recebedor da indenização", informou a Polícia Civil em nota.
A quadrilha também criou cinco empresas de fachada para registrar os carros. "Todos os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro, podendo pegar penas que superam os 15 anos de reclusão", disse André Leite, delegado à frente do caso, ao portal UOL.