Brasília - O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, vai ser demitido após o início da aplicação das primeiras doses das vacinas contra a Covid-19 no Brasil. Militar da ativa, o general deve ser substituído pelo líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP), que já ocupou o comando da pasta durante a gestão do ex-presidente Michel Temer. A informação é da colunista Thaís Oyama, do portal UOL.
Alçado ao comando do ministério para substituir Nelson Teich, o general não tem formação na área da Saúde, mas foi escolhido por conta de seus conhecimentos em logística. A avaliação era a de que Pazuello teria sucesso na compra de insumos necessários para o combate à Covid-19, como respiradores, máscaras, luvas, agulhas e seringas.
Outro fator que contribuiu para a escolha foi a sua atuação na Operação Acolhida, que atendeu refugiados venezuelanos em Roraima.
Pazuello, porém, começou a sofrer desgaste maior após várias idas e vindas na definição do plano de imunização da população brasileira e, em episódio mais recente, falhou em comprar insumos para garantir a aplicação do imunizante. Das 331 milhões unidades necessárias de seringas, o governo conseguiu comprar até agora apenas 7,9 milhões.
Mas esse acontecimento recente não é o único que gerou más avaliações à gestão de Pazuello no Ministério da Saúde. De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, quase 7 milhões de testes para diagnóstico do novo coronavírus (Sars-CoV-2) venceriam entre este mês e janeiro sem terem sido utilizados. Os itens, que estavam represados no aeroporto de Guarulhos, acabaram tendo a validade estendida.