O benefício foi concedido a Mandela por ela ter sido esposa de um ex-soldado da Segunda Guerra Mundial, mas jamais teve controle do dinheiro. O valor era administrado por Maria das Graças Milagres Rigueira e o filho dela, Dalton César Milagres Rigueira.
Segundo o advogado de defesa da família, Brian Epstein, ele ainda não teve acesso aos autos do processo. Epstein também disse que os familiares "estão abalados pelo acontecimento e preferem se manter em silêncio".
Casada em 2001 com Marino Lopes da Costa, Madalena recebe duas pensões desde 2003, quando o marido morreu aos 80 anos. O casamento foi alvo de denúncia em 2008, porém o processo foi encerrado em 2015 por falta de provas, apesar de "fortes indícios de ocultação do fato".
Já ciente da saúde debilitada de Marino por conta da idade, Maria das Graças teria organizado o casamento de Madalena para que o dinheiro da pensão pudesse pagar a faculdade da filha Vanessa Maria Milagres Rigueira. Ela se formou em 2007 pela Faculdade de Medicina de Petrópolis, no Rio de Janeiro.
Quando Vanessa estava praticamente formada, Dalton passou a administrar o dinheiro de Madalena. Em depoimento prestado ao Ministério Público do Trabalho), ele disse ter uma renda de R$ 10 mil como professor universitário e mais R$ 1,3 mil do aluguel de dois imóveis.
De acordo com o MPT, a renda da família, sem a pensão de Madalena, é incompatível para quem tem um imóvel de quatro quartos financiado na área mais nobre de Patos e paga faculdade para duas filhas.
Mesmo com uma renda superior a R$ 11 mil, a família de Dalton recorreu ao auxílio emergencial e teve três pedidos aceitos pelo governo federal. Valdirene e as filhas Bianca e Raíssa receberam cinco parcelas de R$ 600 e uma de R$ 300, totalizando R$ 3,3 mil para cada uma.