Bolsonaro ainda não comentou sobre o assunto. Hoje em conversa com jornalistas em frente ao Ministério da Economia, o presidente deixou o local após ser perguntado sobre a investigação contra Pazuello e se o ministro continuaria no cargo. O chefe da Saúde é também alvo de pressões pelos atrasos na campanha de vacinação no País.
A intenção do inquérito no Supremo é apurar se houve omissão no enfrentamento da crise provocada pela falta de oxigênio para pacientes com covid-19 na capital do Amazonas, que resultou na morte e transferência de doentes para outros Estados.
O próprio Ministério da Saúde admitiu ao STF que a pasta sabia desde 8 de janeiro que havia escassez de oxigênio para os pacientes em Manaus, uma semana antes do colapso. A data também foi confirmada por Pazuello em entrevista coletiva. O ministério, contudo, só iniciou a entrega de oxigênio em 12 de janeiro, segundo as informações prestadas.
Como o Broadcast mostrou, no mesmo dia em que a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a abertura do inquérito, Pazuello viajou para a capital amazonense sem "voo de volta" e para ficar "o tempo que for necessário". O governo atua para reverter a crise em Manaus e também investe na divulgação das ações realizadas para melhorar a imagem desgastada da atuação de Pazuello.