"Arthur Lira assume com absoluto compromisso de subserviência, de submeter a presidência da Câmara aos ditados de Bolsonaro”, afirmou. O pedetista disse, porém, que a pressão popular e política pode levar Lira a dar andamento aos pedidos de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), disse, em entrevista ao Metrópoles.
“Não acho que os 302 votos que o Arthur Lira conseguiu sejam produto central desse tipo de prática de suborno do Bolsonaro. Que aconteceu, aconteceu. Não tenho a menor dúvida. Estou acompanhando a execução [das emendas]. Mas há ali um fenômeno muito mais grave e complexo, que foi uma espécie de sublevação do plenário da Câmara Federal com relação a condução muito centralizada de um subparlamento que se organiza ciclicamente e que exclui a esmagadora maioria e estabelece uma operação na Câmara entre um colégio de líderes e a Mesa [Diretora]”, afirmou.
"Não era apara determinar o impeachment. Mas era para processar as acusações de crime de responsabilidade que tinham um efeito instantâneo: obrigar o Bolsonaro a se comportar. E a população ganharia, não teria essa maluquice de briga pela vacina. Se tivesse tido um procedimento de impeachment, o povo de Manaus não teria morrido sem oxigênio, por que haveria ali uma espada de Dâmocles obrigando Bolsonaro a se comportar”.