Daniel Silveira posa com a placa quebrada de Marielle Franco - Reprodução Twitter
Daniel Silveira posa com a placa quebrada de Marielle FrancoReprodução Twitter
Por IG - Último Segundo

Durante a sessão na Câmara nesta sexta-feira (19) que decidiu por manter Daniel Silveira (PSL-RJ) preso, deputados fizeram referência à ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em 2018.

Entre as inúmeras polêmicas protagonizadas por Silveira durante sua breve carreira política, uma que reverbera até hoje ocorreu em outubro de 2018, durante o período eleitoral.

Acompanhado de Wilson Witzel, governador afastado do Rio, e do deputado Rodrigo Amorim (PSL-RJ), Daniel Silveira rasgou uma placa que homenageava Marielle durante comício.

Ivan Valente, vice-líder do PSOL na Câmara, citou a ex-vereadora ao informar o voto favorável à manutenção da prisão. 

Confira:

PSOL orienta SIM pela manutenção da prisão de Daniel Silveira, que se inspira em torturadores e milicianos.

Viva Marielle! pic.twitter.com/K8KTObuTo5

— Ivan Valente (@IvanValente) February 19, 2021

Talíria Petrone, líder do partido, vestiu uma camiseta com os dizeres “Quem mandou matar Marielle?”.

Durante discurso no plenário, a deputada relembrou o vandalismo feito pelo parlamentar do PSL, e o criticou:

“Não é erro, não é equívoco. É parte da política de extermínio que os bolsonaristas defendem. O extermínio de direitos, da vida, da liberdade e da democracia. O que o senhor Daniel chama de equívoco é a política que matou Marielle Franco. É a política que extermina os jovens negros nas favelas e periferias brasileiras. Infelizmente, não é um discurso isolado”.

“Na calada da noite, eu repito, a Polícia Federal foi até a minha casa, como se buscassem um terrorista”, disse Daniel Silveira durante discurso de defesa, ao criticar a prisão em flagrante, e afirmou que sua mãe e suas filhas assistiram à detenção.

O deputado Fábio Trad (PSD-MS), todavia, rebateu a fala, e o questionou se ele pensou na família de Marielle Franco quando quebrou a placa que a homenageava:

“O deputado, apelando para o tom emocional, muito provavelmente numa estratégia para sensibilizar os colegas, fala sobre a sua família. Mas aí eu lhe pergunto: será que o deputado pensou na família da Marielle Franco, quando ele quebra a placa? Será que o deputado pensou na família do cidadão Fachin, não do ministro, mas do cidadão que é pai, esposo? O deputado não pensou." 

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