O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello - Tânia Rêgo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Eduardo PazuelloTânia Rêgo/Agência Brasil
Por IG - Último Segundo

Rio - A Procuradoria da República do Distrito Federal abriu nesta segunda-feira (22) inquérito civil para apurar suposta improbidade administrativa por parte do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em relação às ações de combate à pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2).

O Ministério Público Federal (MPF) irá investigar se houve irregularidades no uso de recursos públicos para comprar medicamentos sem eficácia comprovada contra a covid-19, como a Cloroquina e ivermectina, e omissão da pasta na compra de vacinas.

Por ser um inquérito civil, Pazuello pode inclusive perder o cargo, ter suspensão dos direitos políticos e até ser obrigado a ressarcir os cofres públicos. O ministro já é investigado pela Polícia Federal em outro inquérito, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão foi assinada pela procuradora da República Luciana Loureiro.

Entre as informações pedidas uma delas está endereçada ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que tem até 10 dias para manifestar sua posição sobre o aplicativo TrateCov, disponibilizado pelo Ministério da Saúde, para apresentar seu parecer se há violação da ética e responsabilidade médica.

Retirado do ar, o aplicativo recomendava o 'tratamento precoce’ contra Covid, que incluia remédios como a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, todos eles em eficácia comprovada.

Segundo o MPF, a intenção da ação é detalhar "aspectos relacionados aos fatos que já são objeto de outros procedimentos em tramitação nesta Procuradoria da República, que tratam de temáticas relativas à covid-19”.

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