Onyx LorenzoniMarcelo Camargo / Agência Brasil
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 29/03/2021 13:36
Apesar do atraso na vacinação e do colapso na Saúde em várias regiões do País, com falta de leitos hospitalares, oxigênio e medicamentos para intubação, o ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta segunda-feira, 29, que não faltaram coordenação e planejamento por parte do governo durante a pandemia da covid-19. Uma das provas da eficiência do governo, segundo Lorenzoni, foi a assinatura de Medida Provisória (MP) nesta manhã sobre novas regras para o ambiente de negócios.
"Este é o governo que foi e é eficiente e prova isso com essa medida provisória, que vai permitir que o Banco Mundial, quando fizer avaliação do Brasil, faça o Brasil ascender 20 posições, em busca do sonho de chegar entre os 50 países mais competitivos do mundo", declarou Onyx em evento no Planalto para a assinatura da MP.
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O ministro destacou que Bolsonaro "foi o primeiro líder mundial em março do ano passado a dizer que precisávamos cuidar da vida e do emprego". Segundo ele, o País "foi e é fraterno pela ação do seu presidente", que vai atrás do "Brasil real". Apesar da fala de Lorenzoni, a gestão de Bolsonaro durante a pandemia foi marcada por desestímulo às medidas sanitárias de prevenção contra o novo coronavírus, como evitar aglomerações, praticar o isolamento e o uso de máscaras.
A própria vacina também foi colocada em dúvida por Bolsonaro. Mesmo com a oferta insuficiente para o País, Onyx Lorenzoni afirmou que o Brasil será "em breve" um exportador do imunizante e criticou a imprensa brasileira. "Muito em breve Brasil não só produzirá vacinas como irá atender toda a América do Sul e a toda América Latina como país exportador (de vacina). Apenas mais seis países no mundo farão isso. Isso foi feito sob comando do presidente Bolsonaro e sua equipe, quer a imprensa brasileira ou não", disse.
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Em seu discurso, na mesma linha adotada por Bolsonaro, Lorenzoni falou contra as medidas de fechamento como forma de evitar a disseminação da doença. "Mandam fazer o lockdown, jogam policiais contra cidadãos, cidadãos que clamam pelo direito constitucional de ir e vir, de poder trabalhar. Em que país nós estamos?", indagou. Na semana passada, o ministro afirmou que seria inviável ter um lockdown na população porque é impossível ter um lockdown de insetos no Brasil, os quais, segundo ele, carregam o coronavírus.
"Reclamam que deveria ter coordenação central (da pandemia). Coordenação é o que não falta nesse governo. Planejamento é o que não falta nesse governo. Mas, o que falta em parte da imprensa engajada brasileira é a verdade", declarou. Lorenzoni disse ainda que o povo brasileiro sabe que o presidente é "rigorosamente constitucional" e que seu governo é "rigorosamente eficiente e fraterno". Pesquisas mostram, contudo, queda na avaliação da gestão de Bolsonaro durante a crise sanitária.
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