A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro na CPI da CovidJefferson Rudy/Agência Senado
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Publicado 25/05/2021 14:52 | Atualizado 25/05/2021 14:53
Rio - Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, afirmou que seu trabalho à frente da Pasta com relação ao uso da cloroquina foi para disponibilizar uma "orientação segura" sobre o uso do medicamento. Segundo ela, a orientação do Ministério da Saúde surgiu em um contexto em que 22 pacientes em Manaus foram a óbito pelo uso de quantidades "tóxicas" de cloroquina.
Mayra afirmou que, com medo de "prevaricar" a situação que ocorreu em Manaus, e evitar que ela acontecesse no resto do país, o Ministério da Saúde lançou uma nota sobre o uso do medicamento. Segundo ela, o fármaco estava sendo usado em quantidades "tóxicas", quatro vezes maior que o preconizado, e a nota do ministério surgiu na tentativa de corrigir isso.
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Mayra também afirmou que este uso excessivo do medicamento foi o responsável pela "imputação" de crime ao fármaco, dizendo que ele teria feito parte da "estigmatização" do medicamento. Mayra reclamou ainda sobre o "policiamento ideológico" que acontece ao redor dos medicamentos.
Segundo a secretária, não existem levantamentos que permitam analisar o impacto do uso do remédio no número de óbitos porque médicos e prefeituras "escondem" a adoção do medicamento por conta desse "policiamento".
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