Segundo Pazuello, Bolsonaro decidiu não intervir em Manaus após reunião com governador
O ex-ministro disse que Wilson Lima teria 'se explicado' e ficou 'decidido pela não intervenção'
Ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante sessão da CPILeopoldo Silva/Agência Senado
Por iG Último Segundo
Rio - Nesta quarta-feira (20), durante sessão da CPI da Covid no Senado, o ex-ministro Eduardo Pazuello disse que a culpa pela falta de cilindros de oxigênio em Manaus, que provocou colapso na saúde no município do Amazonas, é tanto da Secretaria de Saúde do estado quando da empresa White Martins, que fornecia o insumo para a capital amazonense.
Além disso, o ex-chefe da pasta afirmou que o governo federal chegou a discutir uma possível intervenção no município, mas desistiu da ideia após ouvir o governador do estado, Wilson Lima (PSC).
"[A decisão de intervir] foi levada ao conselho de ministros, o governador se apresentou, se justificou. Desculpa, quero retirar o termo, não é conselho de ministros, é reunião de ministros, com o presidente. O governador se explicou e foi decidido pela não intervenção", disse ele.
De acordo com Pazuello, a pasta do Amazonas responsável pelo enfrentamento da pandemia no estado "ficou focada em outras coisas". "Fica claro para mim que a preocupação do acompanhamento do oxigênio não era um foco da Secretaria de Saúde do Estado de Amazonas. No próprio plano de contingência, não apresentava nenhuma medida sobre oxigênio", afirmou.