Presidente da Republica Jair Messias BolsonaroAFP
"Quem vai decidir é ele (Queiroga), não o parecer. Se bem que quem define, na ponta da linha, são os governadores e os prefeitos. Segundo o Supremo, quem manda são eles", afirmou. A mudança do discurso ocorre após série de críticas recebidas após Bolsonaro revelar nesta quinta-feira a demanda feita a Queiroga.
Bolsonaro retoma, no entanto, a posição equivocada de que o STF daria estados e municípios autonomia sobre a União. A Corte, desde o ano passado, autorizou apenas que governadores e prefeitos possam adotar medidas mais rígidas no controle da pandemia.
Apesar do recuo na decisão final, o presidente voltou a defender que pessoas infectadas ou vacinadas não utilizem máscaras. Depois de perguntar aos presentes se tomariam a vacina, o presidente repetiu que "dará o exemplo" e será o último a se imunizar. "Alguns acham que o exemplo é se vacinar. Não, o exemplo é dar o lugar para quem está desesperado. Tem gente aí desesperada dentro de casa esperando ser vacinada para sair"
Doria
O que Bolsonaro manteve foram os ataques ao governador paulista João Doria (PSDB). Perguntado sobre o passeio de moto com apoiadores na capital paulista, previsto para sábado (12), ele provocou o Doria, que ameaçou multá-lo, caso vá ao encontro sem máscara. "Quem é governador de São Paulo? Não conheço. Virou 'doninho' de São Paulo? Ai, se vier aqui eu multo. É assim agora?", disse.
O governador esteve nesta manhã na sede do Instituto Butantan para acompanhar a entrega de mais 800 mil doses da Coronavac, imunizante contra covid-19 produzido pelo centro de pesquisas em parceria com a chinesa Sinovac. Segundo o governador, 48 milhões de doses do imunizante já foram entregues ao Programa Nacional de Imunização e até o final de setembro é esperado que se conclua o contrato feito com a Saúde, com a entrega de 100 milhões de doses.
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