Publicado 07/06/2021 16:27 | Atualizado 07/06/2021 16:31
Ao chegar ao Palácio do Planalto nesta segunda-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão voltou a comentar a realização da Copa América no Brasil, que tem início agendado para o próximo domingo, dia 13 de junho, em Brasília. O general demonstrou descontentamento com a postura crítica à celebração do evento no País por parte dos jogadores da seleção brasileira e do técnico Tite.
Sem citar o nome do treinador, Mourão deixou seu recado ao lembrar que o Cuiabá, que demitiu o técnico Alberto Valentim após a rodada de estreia do Campeonato Brasileiro, continua atrás de um comandante. A mensagem é uma alfinetada em Tite, sugerindo que o técnico tem espaço em outros clubes e que não precisa seguir no comando técnico da seleção.
"O técnico, ele não quer mais, não quer, o Cuiabá está precisando de um técnico, aí, não tá? Então leva lá, sai, pede o boné. Acho que isso é uma discussão, neste momento, totalmente disfuncional", afirmou Mourão.
Grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro têm pedido, por meio das redes sociais, a saída de Tite. Eles sugerem que a vaga deveria ser ocupada por um treinador com pensamentos mais alinhados ao presidente e favorável à celebração da Copa América no Brasil. Entre os nomes citados estão os de Renato Gaúcho, ex-técnico do Grêmio, e do português Jorge Jesus, hoje no Benfica e que levou o Flamengo ao título da Copa Libertadores de 2019.
Ao longo da última semana, houve rumores sobre um possível pedido de demissão de Tite após o duelo com o Paraguai, nesta terça-feira, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. O treinador também está insatisfeito com a postura do comando da CBF. O afastamento de Rogério Caboclo da entidade pode diminuir o descontentamento de Tite. Seu trabalho é bem visto por outros integrantes da cúpula da CBF.
A contrariedade em participar da Copa América, da forma como foi organizada em meio à pandemia do novo coronavírus, é compartilhada pelos jogadores que formam o elenco da seleção brasileira. Os atletas também esperam o jogo com o Paraguai para lançar um manifesto com críticas à competição. Mourão também mandou seu recado para os jogadores e sugeriu que atualmente os atletas não valorizam as convocações para vestir o uniforme brasileiro.
"Não vou entrar nessa discussão. Eu acho que faz parte dessa disfuncionalidade que nós estamos vivendo. Eu sou do tempo que jogador de futebol, quando era convocado para seleção brasileira, era considerado uma honra", finalizou o vice-presidente.
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